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Giancarlo Cornejo Salinas
Resumen: El activista cuir Gio Infante fue una de las voces más lúcidas provenientes de los movimientos sociales peruanos. Su temprana muerte, a los 31 años, detuvo un devenir político e intelectual que merece revisitarse. Cultivar las memorias de Gio Infante es un esfuerzo en pos de disputar los problemáticos deseos por la normalización social de algunxs sujetos LGBTQ y, más importante, por atrevernos a imaginar horizontes cuir en que sus vidas no estén social y materialmente determinadas por la violencia. Este artículo ofrece una lectura en detalle del ensayo de Infante, “Las otras memorias: persecución, tortura y muerte de homosexuales durante el conflicto armado interno”, publicado en 2013. El autor invita a nutrir memorias dolorosas y subversivas, que permiten vislumbrar coaliciones políticas y afectivas antirracistas, feministas y cuir. Según Infante, las condiciones materiales para imaginar una paz cuir aún no existen en el presente. Más bien, Infante moviliza las otras memorias como una analítica que le permite abrir virtualidades del pasado para intentar reparar el efecto de anonimizar que tiene la violencia política. En oposición a articulaciones homonormativas y a consensos políticos de derecha, Infante argumenta infatigablemente por la necesidad de pensar críticamente las condiciones materiales de producción, reproducción y reificación de la homotransfobia en el presente.
Resumo: O ativista cuir Gio Infante foi uma das vozes mais lúcidas provenientes dos movimentos sociais peruanos. Sua morte precoce, aos 31 anos, deteve um futuro político e intelectual que merece ser revisitado. Cultivar as memórias de Gio Infante é um esforço em prol de disputar os problemáticos desejos pela normalização social de alguns sujeitos LGBTQ e, mais importante, por ousar-nos a imaginar horizontes cuir em que suas vidas não estejam social e materialmente determinadas pela violência. Este artigo oferece uma leitura detalhada do ensaio de Infante “As outras memórias: persecução, tortura e morte de homossexuais durante o conflito armado interno”, publicado em 2013. O autor convida a nutrir memórias doloridas e subversivas, que permitem vislumbrar coalizões políticas e afetivas antirracistas, feministas e cuir. Segundo Infante, as condições materiais para imaginar uma paz cuir ainda não existem no presente. Aliás, Infante mobiliza as outras memórias como uma analítica que lhe permite abrir virtualidades do passado para tentar reparar o efeito de tornar anônimo que a violência política tem. Em oposição a articulações homonormativas e a consensos políticos de direita, Infante argumenta incansavelmente pela necessidade de pensar criticamente as condições materiais de produção, reprodução e retificação da homotransfobia no presente.
Abstract: Queer activist Gio Infante was one of the most lucid voices of the Peruvian social movements. At the age of 31, Infante’s early death stopped a political and intellectual becoming that deserves to be revisited. Cultivating Gio Infante’s memories is an effort to dispute the problematic desires for social normalization of some LGBTQ subjects and, more importantly, to dare to imagine queer horizons in which their lives are not socially and materially determined by violence. This article offers a close reading of Infante’s essay, “The Other Memories: Persecution, Torture, and Death of Homosexuals During the Internal Armed Conflict” (“Las otras memorias: persecución, tortura y muerte de homosexuales durante el conflicto armado interno”), published in 2013. Infante invites us to nurture painful and subversive memories that allow us to glimpse political and affective anti-racist, feminist and queer coalitions. For Infante, the material conditions for imagining a queer peace do not yet exist in the present. Instead, Infante mobilizes the other memories as an analytic that allows him to open the past’s virtualities, to try to repair political violence’s anonymizing effect. In opposition to homonormative articulations and right-wing political consensuses, Infante tirelessly argues for the need to think critically about the material conditions of production, reproduction, and reification of homotransphobia in the present.
