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Carlos Eduardo Suprinyak, Ramón Garcia Fernandez
El involucramiento de la Fundación Ford con las ciencias sociales en Brasil coincidió con los primeros años de régimen militar que gobernó el país entre 1964 y 1985. El artículo estudia cómo circunstancias políticas cambiantes en los Estados Unidos y en el exterior indujeron a la Fundación a abandonar gradualmente el enfoque tecnócrata que dirigió su programa exterior desde los años 1950, desarrollando un desplazamiento crítico en sus políticas hacia el mundo en desarrollo. Una solicitud de financiamiento para la Universidad de Brasilia, la que había sido sujeta de repetidas intervenciones militares desde 1964, resaltó los dilemas éticos surgidos por la meta de apoyar investigaciones políticamente relevantes en un contexto autoritario. Basándose en un marco pragmático de toma de decisiones que convertía a las consideraciones éticas e ideológicas en ejercicios de costo–beneficio, la Fundación se movió finalmente fuera de los postulados de la teoría de la modernización para adoptar nuevas prioridades estratégicas como los derechos humanos, la democracia y el pluralismo intelectual.
The Ford Foundation's involvement with the social sciences in Brazil coincided with the early years of the military regime that ruled the country between 1964 and 1985. The paper studies how changed political circumstances in the United States and abroad induced the Foundation to gradually abandon the technocratic approach that had governed its overseas programme since the 1950s, thus introducing a critical shift in its policies toward the developing world. A grant proposal to the University of Brasília, which had been subject to repeated military interventions since 1964, highlighted the ethical dilemmas raised by the goal of fostering policy-relevant research in an authoritarian political context. Relying on a pragmatic decision-making framework that converted ethical and ideological considerations into cost–benefit exercises, the Foundation finally moved away from the maxims of modernisation theory to embrace new strategic priorities like human rights, democracy and intellectual pluralism
O envolvimento da Fundação Ford com as ciências sociais no Brasil coincidiu com os primeiros anos do regime militar que governou o país entre 1964 e 1985. O artigo estuda como as mudanças políticas nos Estados Unidos e no exterior induziram a Fundação a abandonar gradualmente a abordagem tecnocrática que governou seu programa no exterior desde a década de 1950, inaugurando assim uma guinada crítica em suas políticas para o mundo em desenvolvimento. Uma proposta de financiamento para a Universidade de Brasília, que vinha sendo submetida a repetidas intervenções militares desde 1964, destacou os dilemas éticos levantados pelo objetivo de promover pesquisas relevantes para políticas em um contexto autoritário. Baseando-se em uma estrutura pragmática de tomada de decisões que converteu considerações éticas e ideológicas em exercícios de custo–benefício, a Fundação finalmente se afastou das máximas da teoria da modernização para abraçar novas prioridades estratégicas como direitos humanos, democracia e pluralismo intelectual.
