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Centrándose en las protestas a gran escala en Chile tras el restablecimiento de la democracia en 1990, este artículo examina el surgimiento del movimiento Pingüino y muestra cómo logró movilizar a miles de estudiantes de secundaria en contra del modelo educativo neoliberal. El material señala que son varias dimensiones diferenciadas, aunque interconectadas, las que explican el surgimiento de dicho movimiento. En 2006 varias organizaciones estudiantiles de secundaria se fusionaron para formar un solo cuerpo y adoptaron un mecanismo participativo y horizontal de toma de decisiones. Al mismo tiempo, los problemas de las reformas educativas de los años 80 y 90 se hicieron evidentes en términos de calidad y equidad, lo que creó agravios que fueron enmarcados dentro de la acción colectiva del movimiento. Finalmente, la retórica de la presidente Bachelet sobre un ‘gobierno de ciudadanos’ como forma de contrarrestar el el elitismo de la fórmula gubernamental de la Concertación, dio a los estudiantes la posibilidad de ampliar la estructura de las oportunidades políticas.
Focusing on the first large-scale protests in Chile after the reinstatement of democracy in 1990, this article examines the emergence of the 2006 Pingüino movement and shows how it succeeded in mobilising thousands of secondary school students against the neoliberal education model. It argues that several distinct but intertwined dimensions explain the movement's emergence. In 2006, secondary school student groups merged to form a single organisation and adopted a horizontal and participatory decision-making mechanism. At the same time, shortcomings in the education reforms of the 1980s and 1990s were revealed in terms of quality and equity, creating grievances that were fed into the movement's collective action frame. Finally, President Bachelet's rhetoric of a ‘government of citizens’ as an attempt to counteract the elitist nature of the Concertación's governance formula signified an opening of the structure of political opportunities that the students knew to take advantage of.
Centralizando nos primeiros protestos em grande escala no Chile após o restabelecimento da democracia em 1990, este artigo examina o surgimento do movimento Pingüino em 2006 e relata seu sucesso em mobilizar milhares de estudantes secundaristas contra o modelo de educação neo-liberal. Nele se argumenta como distintas porém inter-relacionadas dimensões explicam o surgimento do movimento. Em 2006 diferentes organizações de estudantes secundaristas fundiram-se para formar uma organização unificada, adotando assim um mecanismo participativo horizontal para a tomada de decisões. Ao mesmo tempo as deficiências em termos de qualidade e justiça nas reformas do sistema educacional dos anos oitenta e noventa vieram à tona, gerando insatisfações que alimentaram o modelo de atuação coletivo do movimento. Finalmente, a retórica da presidente Bachelet de um ‘governo de cidadãos’ como tentativa de contrapor a natureza elitista da fórmula de governança proposta pela Concertación permitiu aos estudantes a oportunidade de expandir a estrutura de possibilidades políticas.
