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Juan M. Graña, Facundo Lastra, Guido Weksler
El presente artículo tiene como objetivo estudiar la calidad del empleo en Argentina en perspectiva comparada, a partir de su vínculo con el tamaño de las unidades productivas y la calificación del puesto. Para ello analizamos el caso argentino en comparación con Estados Unidos y una selección de 10 países europeos que representan los distintos grados de desarrollo existentes en ese continente (Alemania, Bulgaria, Dinamarca, España, Francia, Grecia, Italia, Portugal, Reino Unido y Rumania). Basándonos en datos provenientes de encuestas de hogares para el año 2018, analizamos las características de la inserción laboral de 9 perfiles ocupacionales vinculados al nivel de calificación del puesto y el tamaño del establecimiento. El estudio aporta evidencias sobre la magnitud delas brechas de ingreso y calidad del empleo en Argentina respecto a los países más desarrollados. Se encuentra que, junto con otros países productivamente rezagados, Argentina presenta una alta concentración del empleo en pequeños establecimientos, una presencia relativamente baja de puestos laborales de alta calificación y peores indicadores de calidad el empleo para todos los perfiles estudiados. En todos los países analizados se verifica una estratificación de los salarios en torno a los niveles de calificación y el tamaño de los establecimientos. Sin embargo, en Argentina las brechas de ingresos tienen lugar a un nivel absoluto más bajo de los salarios promedio, mientras que el tamaño de establecimiento determina con más fuerza la estratificación en comparación al resto de los países estudiados.
This article aims at studying the quality of working arrangements in Argentina from a comparative perspective, focusing on its relation to the size of production units and job qualification. With this purpose, we analyse the Argentinean labour market in comparison to the USA and to a selection of 10 European countries representing the different degrees of national development existing in that continent (Germany, Bulgaria, Denmark, Spain, France, Greece, Italy, Portugal, United Kingdom and Romania). Based on data from household surveys, we analyse 9 occupational profiles defined by the job qualification level and the firm size. The paper illustrates the magnitude of income gaps and the differences in the quality of working arrangements between Argentina and developed countries. Argentina shows a high concentration of employment in small production units, a relatively small share of high complexity jobs and worse indicators for job quality for all the profiles. In all the countries from the set, we find a stratification of wages according to complexity level and firm size. However, the size of production units determines such stratification more strongly, while income gaps are set at a lower absolute level of average wages.
O objetivo deste artigo é estudar a qualidade do emprego na Argentina desde uma perspectiva comparada, a partir de sua vinculação com o tamanho das unidades produtivas e a qualificação do cargo. Para isso, analisamos o caso argentino em comparação com os Estados Unidos e uma seleção de 10 países europeus que representam os diferentes graus de desenvolvimento existentes naquele continente (Alemanha, Bulgária, Dinamarca, Espanha, França, Grécia, Itália, Portugal, Reino Unido e Romênia.). Com base nos dados das pesquisas domiciliares de 2018, analisamos as características de inserção laboral de 9 perfis ocupacionais vinculados ao nível de qualificação do cargo e ao porte do estabelecimento. O estudo fornece evidências sobre a magnitude das diferenças de renda e qualidade do emprego na Argentina em comparação com os países mais desenvolvidos. Verifica-se que, a par de outros países com atrasos produtivos, a Argentina apresenta uma elevada concentração de emprego em pequenos estabelecimentos, uma presença relativamente baixa de empregos altamente qualificados e piores indicadores de qualidade do emprego para todos os perfis estudados. Em todos os países analisados, há uma estratificação dos salários em torno dos níveis de qualificação e do tamanho dos estabelecimentos. No entanto, na Argentina os hiatos de renda ocorrem em um nível absoluto inferior aos salários médios, enquanto o tamanho do estabelecimento determina a estratificação mais fortemente em comparação com o resto dos países estudados.
