Una de las intervenciones más importantes de la Corte Suprema de Justicia de Argentina en materia laboral en el período 2003-2014 se produjo en casos de igualdad y no discriminación en el trabajo.
Estas sentencias reconocieron una protección robusta a los derechos fundamentales en las relaciones entre privados (específicamente, laborales) y establecieron estándares claros para su aplicación en sentencias posteriores. Sin embargo, a partir de los cambios en la composición de la Corte que comenzaron en 2014 y se consolidaron en 2016, se sucedieron una serie de pronunciamientos que atentan contra la construcción jurisprudencial proteccionista de la etapa anterior. El objetivo general de este trabajo es analizar estas sentencias, identificando líneas de continuidad y ruptura entre ambos períodos. Se desarrollan dos tesis principales: i) A partir de 2014 la Corte Suprema modificó su jurisprudencia sobre igualdad y no discriminación en las relaciones laborales en cruce con la libertad sindical, dando paso a un giro restrictivo en la materia; ii) En estos nuevos pronunciamientos, la argumentación del máximo tribunal no resulta suficiente para desarmar la arquitectura en clave protectoria construida en la etapa anterior. Para desarrollar ambos argumentos nos servimos del análisis documental, de modo de revisitar el debate teórico y los pronunciamientos jurisprudenciales de la época reseñada.
One of the most important interventions of the Supreme Court of Justice of Argentina in labour matters in the period 2003-2014 occurred in cases of equality and non-discrimination in the workplace. These rulings recognized robust protection of fundamental rights in private (specifically, labour) relations and set clear standards for their application to subsequent rulings. However, following the changes in the composition of the Court that started in 2014 and were consolidated in 2016, a series of pronouncements were issued that undermine the protectionist jurisprudential construction of the previous period. The general objective of this article is to analyse these rulings, identifying lines of continuity and rupture between both periods. The paper holds two main thesis: i) From 2014, the Supreme Court modified its jurisprudence on equality and non-discrimination in labour relations, opening the path of a restrictive turn in this field; ii) In these new rulings, the arguments of the Supreme Court are not sufficient to disarm the protective architecture built in the previous period. To develop both arguments we use documentary analysis, in order to revisit the theoretical debate and the jurisprudential pronouncements of the time reviewed.
Uma das intervenções mais importantes da Corte Suprema de Justiça da Argentina em matéria laboral no período 2003-2014, ocorreu nos casos de igualdade e não discriminação no trabalho. Estes acórdãos reconheceram uma proteção robusta dos direitos fundamentais nas relações entre privados (especificamente, do trabalho) e estabeleceram normas claras para su aplicação a sentenças posteriores. No entanto, a partir das mudanças de composição do Tribunal iniciadas em 2014 e consolidadas em 2016, sucederam-se uma série de sentenças que atentam contra a construção jurisprudencial protecionista da etapa anterior. O objetivo deste trabalho é analisar estas sentenças, identificando linhas de continuidade e ruptura entre ambos períodos. O trabalho sustenta duas teses principais: i) A partir de 2014, o Supremo Tribunal modificou sua jurisprudência sobre igualdade e não discriminação nas relações laborais, dando lugar a uma mudança restritiva do máximo tribunal na matéria; ii). Nestes novos acórdãos, a argumentação do supremo tribunal não é suficiente para desarmar a arquitetura de proteção fundamental construída na fase anterior. Para desenvolver ambos os argumentos nos servimos da análise documental, de modo a revisitar o debate teórico e os pronunciamentos jurisprudenciais da época resenhada.