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Juan Andrés Pino Morán, Pía Rodríguez Garrido, Inmaculada Zango Martín, Enrico Mora Malo
Resumen: El presente estudio es parte de una investigación microsociológica realizada entre 2016 y 2019 en el marco del surgimiento de los nuevos movimientos sociales impulsados en el Chile posdictadura. Específicamente, trata sobre la emergencia de los discursos sociopolíticos de las personas etiquetadas con discapacidad. El objetivo es presentar la construcción de los discursos políticos de los/as activistas disidentes de la discapacidad que viven en Chile. Para ello, valoramos estos discursos como contrahegemónicos o desde los márgenes, es decir, que no siguen los planteamientos de las interpretaciones médicas y ciudadanas dominantes. Se utilizó una aproximación metodológica cualitativa y feminista sobre los itinerarios corporales a partir de once activistas, lo cual nos permitió profundizar en trayectorias de vida, discursos sociales y praxis políticas del colectivo. Los discursos políticos de los/as activistas disidentes de la discapacidad que viven en Chile son parte de las reivindicaciones de las corporeidades no estándar para acceder a la escena pública y cultural. Es urgente generar discursos contrahegemónicos incorporando saberes diversos. Esto es crucial para abogar por los derechos de las personas que se relacionan con la diferencia y visibilizar las desigualdades estructurales que afectan a los colectivos subalternos. El artículo incorpora una mirada situada, feminista y latinoamericana para abordar un fenómeno de creciente interés en las ciencias sociales, y presenta reflexiones que contribuyen tanto en el ámbito académico como en el activismo.
Abstract: The present study is part of a microsociological research conducted between 2016 and 2019 in the context of the emergence of new social movements triggered in post-dictatorship Chile. Specifically, it deals with the emergence of the sociopolitical discourses of people labeled as disabled. The intention is to present the construction of the political discourses of dissident disability activists living in Chile. For this purpose, we value these discourses as counter-hegemonic or from the margins; that is, they do not follow the approaches of dominant medical and citizen interpretations. We used a qualitative and feminist methodological approach on the bodily itineraries of eleven activists. This allowed us to further explore the group’s life trajectories, social discourses, and political praxis. The political discourses of dissident disability activists living in Chile are part of the claims of non-standard corporealities to access the public and cultural scene. It is imperative to generate counter-hegemonic discourses incorporating diverse knowledge in order to advocate for the rights of people who relate to difference and to make visible the structural inequalities that affect subaltern collectives. The article incorporates a situated, feminist, and Latin American perspective to address a phenomenon of growing interest in the social sciences, and presents reflections that contribute to both academia and activism.
Resumo: Este estudo é parte de uma pesquisa microssociológica realizada entre 2016 e 2019 no âmbito do surgimento dos novos movimentos sociais impulsionados no Chile pós-ditadura. Em específico, trata sobre a emergência dos discursos sociopolíticos das pessoas etiquetas como deficientes. O objetivo é apresentar a construção dos discursos políticos dos e das ativistas dissidentes da deficiência que moram no Chile. Para isso, valorizamos esses discursos como contra-hegemônicos ou das margens, isto é, que não continuam as proposições das interpretações médicas e cidadãs dominantes. Foi utilizada uma abordagem metodológica qualitativa e feminista sobre os itinerários corporais a partir de 11 ativistas, o que nos permitiu aprofundar em trajetórias de vida, discursos sociais e práxis políticas do coletivo. Os discursos políticos dos e das ativistas dissidentes de deficiência que moram no Chile fazem parte das reivindicações das corporeidades não padronizadas para acessar à cena pública e cultura. É urgente gerar discursos contra-hegemônicos incorporando saberes diversos. Isso é crucial para defender os direitos das pessoas que se relacionam com a diferença e visibilizar as desigualdades estruturais que afetam os coletivos subalternos. Este artigo incorpora um olhar situado, feminista e latino-americano para abordar um fenômeno de crescente interesse nas Ciências Sociais e apresenta reflexões que contribuem tanto para o âmbito acadêmico quanto no ativismo.
