Jose Carlos Orihuela
¿Por qué y cómo las sociedades transforman las reglas medioambientales del desarrollo económico, o fracasan en hacerlo? Este artículo compara las experiencias de Chile y Perú en la regulación de las actividades de fundidoras de metales entre 1990 y 2010. La contaminación del aire de parte de las fundidoras en Chuquicamata y La Oroya, desarrollos mineros emblemáticos de ambos países, no generaron protestas nacionales desestabilizadoras. Sin embargo, pese a la ausencia de un fuerte descontento por la contaminación, las reglas medioambientales para la minería pudieron ser mejoradas como resultado del trabajo de redes de activistas y a través canales institucionales altamente idiosincráticos. El análisis muestra que los emprendedores de políticas públicas en Chuquicamata se fortalecieron gracias a un ambiente institucional nacional que favoreció la autonomía burocrática, mientras que una acción paralela en La Oroya fue frenada por una economía política enmarcada en la debilidad estatal y el poco interés de las élites.
Why and how do societies transform the environmental rules of economic development, or fail to do so? This article compares the experiences of Chile and Peru in the regulation of smelting activities between 1990 and 2010. Air pollution from smelters in Chuquicamata and La Oroya, each emblematic of the two countries’ mining industries, did not give rise to nationally destabilising protest. Nevertheless, despite the absence of pressing discontent with pollution, the environmental rules for mining could still be improved as a result of policy network activism and through highly idiosyncratic institutional channels. The analysis shows that policy entrepreneurship for Chuquicamata was enhanced by a national institutional environment that favoured bureaucratic autonomy, while parallel action for La Oroya was constrained by a political economy of state weakness and elite disregard.
Por que e como as sociedades transformam, ou deixam de transformar, as regras ambientais de desenvolvimento econômico? Este artigo compara as experiências do Chile e do Peru na regulamentação das atividades metalúrgicas entre os anos de 1990 e 2010. A poluição atmosférica causada por metalúrgicas em Chuquicamata e La Oroya – sendo estes dois exemplos emblemáticos do setor de mineração de seus respectivos países – não culminaram em protestos nacionais desestabilizantes. Não obstante, apesar da falta de pressão pública causada pela insatisfação com a poluição, as regras ambientais para mineração ainda poderiam ser melhoradas como resultado do ativismo em redes políticas, e através de vias institucionais altamente personalizadas. As análises demonstram que as políticas de empreendedorismo para Chuquicamata foram fortalecidas por um ambiente institucional nacional que favorecia a autonomia burocrática, enquanto que em La Oroya foi inibida pela política econômica de enfraquecimento do Estado e desinteresse da elite.