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Ana Natalucci, Lucio Fernández Mouján
Resumen: En el contexto del “giro a la derecha", en algunos países de América del Sur asumieron gobiernos de corte neoliberal, entre ellos Argentina, Brasil, Ecuador y Uruguay y el golpe de Estado en Bolivia. El caso de Argentina es paradigmático: por el perfil marcadamente neoliberal del gobierno de Mauricio Macri (2015-2019) parecía seguir la dinámica del giro a la derecha. Sin embargo, pese al inmenso apoyo de los medios masivos de comunicación, el poder judicial, importantes corporaciones económicas y de los organismos multilaterales de crédito, como el Fondo Monetario Internacional (FMI), el gobierno perdió las elecciones presidenciales de 2019, El objetivo de este artículo es analizar el ciclo político erigido entre 2015 y 2019, concentrándonos en la dinámica de la movilización social, en especial respecto de sus actores, demandas y repertorios. El argumento que sostendremos es que el giro a la derecha quedó inconcluso debido a una situación de “imposible desempate” en torno al neoliberalismo. La movilización social cumplió un rol central, no solo en términos de resistencia callejera, sino también por constituirse en un espacio de convergencia político-partidaria, cristalizado en el Frente de Todos. En términos metodológicos, seguimos una estrategia mixta y multimétodo.
Abstract: In the context of the "turn to the right", neoliberal governments took office in some South American countries, including Argentina, Brazil, Ecuador, Uruguay, and the coup in Bolivia. The case of Argentina is paradigmatic: The markedly neoliberal profile of the government of Mauricio Macri (2015-2019) seemed to follow the dynamics of the shift to the right. However, despite the immense support of the mass media, the judiciary, important economic corporations, and multilateral organizations of credit, like the International Monetary Fund (IMF), the government lost the presidential elections of 2019. In this paper we analyze the political cycle erected between 2015 and 2019, concentrating on the dynamics of social mobilization, especially regarding its actors, demands, and repertoires The argument we propose is that the turn to the right was left unfinished due to a situation of “impossible tiebreaker” around neoliberalism. Social mobilization played a central role, not only in terms of street resistance but also because it became a space for political-party convergence, crystallized in the Frente de Todos. In methodological terms, we follow a mixed and multi-method strategy.
Resumo: No contexto da "retorno à direita", governos neoliberais tomaram posse em alguns países da América do Sul, incluindo Argentina, Brasil, Equador e Uruguai e o golpe na Bolívia. O caso da Argentina é paradigmático: O perfil marcadamente neoliberal do governo de Mauricio Macri (2015-2019) parecia seguir a dinâmica da guinada para a direita. No entanto, apesar do imenso apoio da mídia de massa, do judiciário, de importantes corporações econômicas e de organismos multilaterais de crédito, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), o governo perdeu as eleições presidenciais de 2019. O objetivo deste artigo é analisar o ciclo político erigido entre 2015 e 2019, concentrando-se na dinâmica da mobilização social, especialmente no que diz respeito aos seus atores, demandas e repertórios. O argumento que sustentamos é que a virada para a direita ficou inacabada devido a uma situação de “desempate impossível” em torno ao neoliberalismo. A mobilização social teve um papel central, não só em termos de resistência nas ruas, mas também porque se tornou um espaço de convergência político-partidária, cristalizada na Frente de Todos. Em termos metodológicos, seguimos uma estratégia mista e multimétodo.
