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Héctor Briceño
El sistema electoral venezolano funcionó entre 1998 y 2013 sobre la base de tres variables fundamentales: 1) el liderazgo y carisma del presidente Hugo Chávez; 2) el boom petrolero más importante de la historia de Venezuela, y 3) la manipulación de las reglas del juego electoral para favorecer a la alianza partidista de gobierno. Estas variables permitieron el avance hacia la configuración de un sistema en el que las élites gobernantes iniciaban cada proceso electoral con una ventaja diseñada por las propias instituciones del Estado, disminuyendo y controlando la incertidumbre electoral que caracteriza a los sistemas electorales democráticos. Sin embargo, tras la muerte del presidente Chávez, en marzo de 2013, y la profundización de la crisis económica y social, el país enfrenta un panorama lleno de incógnitas de cara a los próximos procesos electorales, así como al futuro del sistema político. ¿Cómo reaccionará el electorado y las élites gobernantes ante la ausencia de estas dos variables? ¿Qué variables heredarán la capacidad explicativa para las próximas elecciones y sobre cuáles variables se reorganizará el comportamiento electoral venezolano? ¿Recobrará el carácter competitivo?
Between 1998 and 2013, the electoral system of Venezuela followed three basic features. 1) Hugo Chavez leadership and charisma. 2) A significant oil boom in Venezuela’s history. 3) The government’s willingness to fix the rules of the electoral system to favor pro government forces. These features allowed a State-manufactured system in which government officials began steps ahead in every election; that way they could control the process and diminish voting uncertainty, which is quite common in democratic electoral processes. However, after Chavez death in March 2013 and a deep social and economic crisis that followed, Venezuela is embroiled in uncertainties leading to the upcoming elections. How do voters and government officials behave amid the absence of these three features? Can other electoral features arise to predict future elections and what kind of new ones might determine voting behavior in Venezuela? Would elections be as competitive as it used to?
O sistema eleitoral venezuelano funcionou entre 1998 e 2003 com base em três variáveis fundamentais: 1) a liderança e carisma do presidente Hugo Chávez; 2) o boom petroleiro mais importante da história da Venezuela, e 3) a manipulação das regras do jogo eleitoral para favorecer a aliança partidária do governo. Estas variáveis permitiram o avanço à configuração de um sistema no qual as elites governantes iniciavam cada processo eleitoral com uma vantagem desenhada pelas próprias instituições do Estado, diminuindo e controlando a incerteza eleitoral que caracteriza aos sistemas eleitorais democráticos. Entretanto, depois da morte do presidente Chávez, em março de 2013, e o aprofundamento da crise econômica e social, o país enfrenta um panorama repleto de incógnitas, frente aos próximos processos eleitorais, assim como ao futuro do sistema político. Como reagirá o eleitorado e as elites governantes diante da ausência destas duas variáveis? Quais variáveis herdarão a capacidade explicativa para as próximas eleições e sobre quais variáveis se reorganizará o comportamento eleitoral venezuelano? Recobrará o caráter competitivo?
