Diogo Silva, Antonio Cerqueira
Objetivo: O principal objetivo deste estudo é abordar a associação entre a divergência de opiniões (DIVOP) e a volatilidade idiossincrática (IVOL) dos investidores.
Referencial teórico: Uma relevante associação entre a DIVOP e a IVOL é consistente com a literatura sobre divulgação de informações financeiras (Lang & Lundholm, 1996; Rajgopal & Venkatachalam, 2011), retornos futuros de ações (Ang et al., 2006; Diether et al., 2009), erro de precificação (Miller, 1977; Aabo et al., 2017), maturidade da empresa (Berkman et al., 2009; Fink et al., 2010) e imperfeições do mercado (Berrada & Hugonnier, 2013).
Metodologia: Consideramos quatro representantes para a DIVOP e quatro medidas para a IVOL e aplicamos testes econométricos multivariados para avaliar sua associação. Nossos modelos fazem o controle para efeitos diferentes como a correlação de primeira ordem (Huang, 2011) ou a maturidade da empresa (Fink et al., 2010). Nosso foco está em empresas do Reino Unido com ações negociadas na Bolsa de Valores de Londres, que é uma das maiores bolsas de valores da Europa.
Resultados: Encontramos consistentemente uma associação significativa positiva entre a DIVOP e a IVOL. Também observamos que uma DIVOP defasada em um ano está relacionada à maior IVOL contemporânea, embora façamos o controle para a IVOL defasada. Mostramos que mesmo se nosso representante para a DIVOP capturar divergência de opiniões quando a liquidez está relativamente alta, ainda encontramos uma associação positiva significativa entre a DIVOP e a IVOL.
Implicações práticas e sociais da pesquisa: As principais implicações do estudo é que a DIVOP representa risco e que a pesquisa futura deveria abordar a IVOL, seus motivadores e resultados utilizando o modelo de cinco fatores de Fama e French (2015).
Contribuições: Apresentamos evidência empírica de que a DIVOP está associada à IVOL, sugerindo que a DIVOP é um canal por meio do qual a incerteza gera a IVOL, e seu efeito pode persistir durante todo um ano. Mostramos que a associação entre a DIVOP e a IVOL não é o resultado de uma baixa liquidez.
Purpose – The main purpose of this study is to address the association between investors’ divergence of opinion (DIVOP) and idiosyncratic volatility (IVOL).
Theoretical framework – A relevant association between DIVOP and IVOL is consistent with the literature on financial information disclosure (Lang and Lundholm, 1996; Rajgopal and Venkatachalam, 2011), future stock returns (Ang et al., 2006; Diether et al., 2009), mispricing (Miller, 1977; Aabo et al., 2017), firm maturity (Berkman et al., 2009; Fink et al., 2010) and market imperfections (Berrada and Hugonnier, 2013).
Design/methodology/approach – We consider four proxies of DIVOP and four measures of IVOL and apply multivariate econometric tests to assess their association. Our models control for different effects such as first-order correlation (Huang, 2011) or firm maturity (Fink et al. 2010). We focus on UK firms listed on the London Stock Exchange, which is one of the largest stock markets in Europe.
Findings – We consistently found a positive and significant association between DIVOP and IVOL. We also observed that one-year lagged DIVOP is related to higher contemporaneous IVOL, even if we control for lagged IVOL. We show that even if our proxy for DIVOP captures divergence of opinion when liquidity is relatively high, we still find a positive and significant association between DIVOP and IVOL.
Practical & social implications of research – The main implications of the study is that DIVOP represents risk and that future research should address IVOL, its drivers and outcomes using the Fama and French (2015) five-factor model.
Originality/value – We provide empirical evidence that DIVOP is associated with IVOL, suggesting that DIVOP is a channel through which uncertainty generates IVOL, and its effect can persist throughout a whole year. We show that the association between DIVOP and IVOL is not the result of poor liquidity.