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Basado en el trabajo de campo realizado entre 2002 y 2010 en este artículo mostramos cómo en la pugna por el uso del espacio público se generan distancias sociales y se reproducen las desigualdades de clase a partir de indagar en la presencia de personas dedicadas a la recolección informal de residuos en los barrios centrales de la ciudad de Buenos Aires. Argumentamos que ello no sólo se produce a partir de una segregación espacial sino también en las interacciones cotidianas. Se abordan dos situaciones: el modo en que los cartoneros construyen recorridos en los barrios para poder realizar su tarea y el proceso de desalojo de un asentamiento de cirujas.
Based on extensive and long-term ethnographic fieldwork carried out between 2002 and 2009, and by analysing the presence, use and struggles over public space of cartoneros and vecinos in middle-class and central neighbourhoods of the city of Buenos Aires, this article examines practices, moralities and narratives operating in the production and maintenance of social inequalities. Concentrating on spatialised interactions, it shows how class inequalities are reproduced and social distances are generated in the struggle over public space. For this, two social situations are addressed. First, we explore the way in which cartoneros build routes in middle-class neighbourhoods in order to carry out their task. Second, we present an analysis of the eviction process of a cartonero settlement in the city.
Com base em trabalhos de campo abrangendo áreas e períodos extensivos (entre 2002 e 2009) este artigo analisa a presença, uso e disputas pelo espaço público entre cartoneros e vecinos em bairros de classe média e da região central da cidade de Buenos Aires, examinando práticas, moralidades e narrativas que operam na produção e manutenção de desigualdades sociais. Concentrando-se em interações espacializadas, o artigo mostra como as desigualdades de classe são reproduzidas e as distâncias sociais são geradas nas disputas pelo espaço público. Para tal, duas situações sociais são abordadas. Primeiro, exploramos a maneira pela qual cartoneros constroem caminhos em bairros de classe média para poderem desempenhar suas tarefas. Segundo, apresentamos uma análise do processo de despejo de um assentamento cartonero na cidade.
