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Este artículo analiza dos proyectos delegados de gobernanza llevados a cabo en el sudeste ecuatoriano amazónico en el siglo XX. Dos misiones católicas, la salesiana y la franciscana, en colaboración con militares e instituciones públicas, fueron centrales en la colonización de un área habitada por los shuar. Considerando un contexto histórico y etnográfico regional más amplio y centrándome en las prácticas de traducción cultural y las políticas territoriales, discuto las divergentes sensibilidades de gobernanza de las dos misiones respecto a los shuar. En este contexto, la expresión ‘sensibilidades de gobernanza’ se refiere a la capacidad de los actores coloniales de reconocer a los sujetos colonizados como culturalmente distintos. Combino material empírico nuevo del archivo histórico franciscano en Zamora con fuentes secundarias para analizar cómo las diferencias entre las sensibilidades e insensibilidades de las dos misiones hacia la otredad de los shuar fueron especialmente prevalentes en los años 1960 y 1970. Las formas divergentes en que los salesianos y los franciscanos percibieron al sujeto colonial shuar tuvo consecuencias en cómo se involucraron en la protección de la tierra de éstos y cómo contribuyeron a facilitar o restringir la organización política indígena.
The article analyses two delegated governance projects carried out in Ecuador's Amazonian south-east in the twentieth century. In collaboration with the military and public institutions, two Catholic missions, the Salesian and the Franciscan, were central actors in the colonising of an area inhabited by the Shuar. Considering the wider historical and ethnographic regional context and focusing on practices of cultural translation and territorial politics, I discuss the two missions’ divergent governance sensitivities vis-à-vis the Shuar. ‘Governance sensitivities’ refers in this context to the colonial actors’ capability to recognise colonised subjects as culturally distinct. I combine new empirical material from the historical archive of the Franciscans in Zamora with secondary sources in order to analyse how differences between the two missions’ sensitivity and insensitivity to Shuar otherness became especially prevalent in the 1960s and 70s. The divergent ways the Salesians and Franciscans perceived the Shuar colonial subject had consequences for how they engaged in the protection of Shuar land and for how they contributed to facilitating or holding back indigenous political organisation.
O artigo analisa dois projetos delegados de governança realizados no sudeste equatoriano amazónico no século XX. Em colaboração com instituições militares e públicas, duas missões católicas, a Salesiana e a Franciscana, foram atores centrais na colonização de uma área habitada pelos Shuar. Considerando um contexto regional histórico e etnográfico mais amplo e com foco nas práticas de tradução cultural e política territorial, discuto as divergentes sensibilidades de governança das duas missões vis-à-vis os Shuar. Neste contexto, a expressão ‘sensibilidades de governança’ se refere à capacidade dos atores coloniais de reconhecer como culturalmente distintos os sujeitos colonizados. Combino novo material empírico do arquivo histórico dos franciscanos em Zamora com fontes secundárias para analisar como as diferenças entre sensibilidade e insensibilidade das duas missões à alteridade Shuar tornaram-se especialmente prevalentes nas décadas de 1960 e 1970. As maneiras divergentes com que salesianos e franciscanos perceberam a questão colonial dos Shuar tiveram consequências sobre como eles se engajaram na proteção da terra Shuar e como contribuíram para facilitar ou restringir a organização política indígena.
