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Santiago, Chile
El presente artículo aborda la relevancia de considerar las intersecciones de identidad de género, personas trans, migración, trabajo sexual y su relación con la trata de seres humanos, a través de la experiencia de trabajo de campo realizado entre 2015 y 2018 con el Sindicato chileno de trabajadoras sexuales Trans “Amanda Jofré Cerda”.
Se pretende visibilizar este fenómeno poco abordado, a partir de los hallazgos evidenciados en el trabajo de campo. Su desarrollo teórico expone las dicotomías del marco normativo chileno, la ausencia del enfoque de derechos humanos, la crítica Constitución, que no representa la protección de los mismos, y la necesidad de las personas trans de asociarse en espacios comunes desde la perspectiva de la asociatividad, vinculada al fenómeno de la trata de seres humanos. El artículo también examina la invisibilización de las víctimas transexuales, destacando la interseccionalidad como un enfoque aplicado al abordaje de problemáticas sociales vinculadas con los derechos humanos, y visibilizando a las víctimas de trata trans, cuyo delito se oculta al tratarse de personas que, históricamente, no han sido reconocidas como una identidad de género dentro de las culturas y países patriarcales de América del Sur.
El escrito finaliza con una serie de conclusiones contemporáneas que subrayan las necesidades de las víctimas de trata trans, las cuales exhiben una fuerte relación entre la interseccionalidad, las relaciones de poder y la vulneración de derechos a la que se encuentran expuestas.
This article addresses the importance of considering the intersections of gender identity, transgender people, migration, sex work and their connection to sex trafficking, through the fieldwork experience performed between 2015 and 2018 with the Chilean Transgender Sex Workers Union “Amanda Jofré Cerda.” The article looks to raise awareness of this little-known phenomenon, based on the findings generated in the fieldwork. Its theoretical development reveals the dichotomies of the Chilean regulatory framework, the absence of human rights approach, criticism of the Constitution which does not protect these rights, and transgender people’s need to come together in common spaces from the perspective of associativity, tied to the phenomenon of sex trafficking. The article also examines the invisibilization of transsexual victims, highlighting intersectionality as an approach that can be applied to address social issues related to human rights and to draw attention to the transsexual victims of sex trafficking, often forgotten because they have historically not been recognized as a gender within the patriarchal cultures and countries of South America.
The paper ends with a series of contemporary conclusions that highlight the needs of transgender sex trafficking victims, which are closely related to intersectionality, power relations and the violation of their rights
O presente artigo aborda a relevância de considerar as intersecções de identidade de gênero, pessoas trans, migração, trabalho sexual e sua relação com o tráfico de seres humanos, através da experiência de trabalho de campo realizado entre 2015 e 2018 com o Sindicato Chileno de Trabalhadoras Sexuais Trans “Amanda Jofré Cerda”.
Pretende-se visibilizar este fenômeno pouco abordado, a partir dos descobrimentos evidenciados no trabalho de campo. Seu desenvolvimento teórico expõe as dicotomias do sistema normativo chileno, a ausência do enfoque de direitos humanos, a crítica Constituição, que não representa a proteção dos mesmos e a necessidade das pessoas trans de se associarem em espaços comuns desde a perspectiva da associatividade, vinculada ao fenômeno do tráfico de seres humanos. O artigo também examina a invisibilização das vítimas transexuais, destacando a interseccionalidade como um enfoque aplicado à abordagem de problemáticas sociais vinculadas com os direitos humanos, e visibilizando as vítimas do tráfico trans, cujo delito é oculto ao se tratarem de pessoas que, historicamente, não foram reconhecidas como uma identidade de gênero dentro das culturas e países patriarcais da América do Sul.
O artigo finaliza com uma série de conclusões contemporâneas que destacam as necessidades das vítimas do tráfico trans, as quais exibem uma forte relação entre a interseccionalidade, as relações de poder e a vulneração dos direitos a que estão expostas.
