Acceso usuarios
México
En las últimas décadas se ha registrado un descenso en el número de tropas estadounidenses desplegadas a nivel mundial. Algunos análisis relacionan esta tendencia con una pérdida de capacidades militares y un declive de la hegemonía de Estados Unidos. No obstante, consideramos que debe observarse una complejidad mayor relacionada con algunos procesos que impactan en la lógica de repliegue, específicamente tres. Primero, el cambio en la lógica operacional hacia un unilateralismo en la acción, tendiente a liberar el actuar militar de Estados Unidos de constreñimientos políticos, diplomáticos y sociales. En segundo lugar, una serie de reajustes posfordistas en el ámbito militar, resultante de las reestructuraciones posteriores a la crisis económica de la década de 1970, que se hacen acompañar de diversas innovaciones derivadas de los avances e innovaciones tecnológicas de los últimos decenios, específicamente la utilización de drones. Tercero, una creciente resistencia que se opone a la presencia militar de Estados Unidos en distintos territorios fundamentales para la proyección mundial estadounidense. De esta manera, el repliegue, si bien responde a un declive relativo, es también signo de una forma de despliegue distinto y una lógica ofensiva transformada, correspondientes a la conflictividad del siglo XXI.
In recent decades there has been a decrease in US troops deployed globally. Some analyses link this trend to a loss of military capabilities and a decline in US hegemony. However, we consider the enormous complexity of three processes that impact the withdrawal logic. First, the change in the operational logic towards action unilateralism tends to free the United States military action from political, diplomatic, and social constraints. Second, a series of post-Fordist readjustments in the military field resulting from the restructuring after the 1970s economic crisis is accompanied by various innovations derived from the technological advances in the last decades, specifically drones. Third, there is growing resistance to the military presence of the United States in various territories fundamental for the American world projection. Therefore, while it responds to a relative decline, withdrawal is also a sign of a different form of deployment and a transformed offensive logic for the 21st-century conflict.
Nas últimas décadas, vem sendo registrado um declínio no número de tropas estadunidenses em todo o mundo. Algumas análises relacionam essa tendência com uma perda de capacidades militares e uma decadência da hegemonia dos Estados Unidos. Contudo, consideramos que deve ser observada uma complexidade maior relacionada com alguns processos que impactam na lógica da retirada, especificamente três. Primeiro, a mudança na lógica operacional a um unilateralismo na ação, que tende a liberar o agir militar dos Estados Unidos de constrangimentos políticos, diplomáticos e sociais. Em segundo lugar, uma série de reajustes pós-fordistas no âmbito militar, resultante das reestruturações posteriores à crise econômica da década de 1970, que se fazem acompanhar de diversas inovações derivadas dos avanços e das inovações tecnológicas dos últimos decênios, em específico a utilização de drones. Terceiro, uma crescente resistência que se opõe à presença militar dos Estados Unidos em diferentes territórios fundamentais para a projeção mundial estadunidense. Dessa maneira, a retirada, embora responda a um declínio relativo, é também sinal de uma forma de desenvolvimento diferenciado e uma lógica ofensiva transformada, correspondentes à conflitividade do século XXI.
