Susana Osorio Solano, Juan Enrique Serrano Moreno
El artículo sitúa la reflexión en el caso chileno y analiza las respuestas institucionales en el contexto de la pandemia. No se trata de un tratado exhaustivo de las medidas implementadas. En su lugar, recurre al análisis sociológico del discurso como herramienta metodológica para profundizar en torno a un hito simbólico y develar cuáles fueron las interacciones, contradicciones y representaciones de la élite política alrededor de ciertos segmentos de la sociedad y, al mismo tiempo, rescatar cómo el juego emocional influyó en el resultado que permitió el retiro de fondos previsionales de jubilación a partir de una reforma constitucional sin precedente. Se concluye que la pandemia transparentó la necesidad de modernizar los sistemas de información para la toma de decisiones de política pública, develó la falta de sincronización del aparato institucional y posicionó a las clases medias en el debate político como actores centrales de las desigualdades institucionales. Finalmente, se sugiere que las emociones no solo impulsaron políticas tendientes al cambio, sino que fueron un argumento reiterado por la élite política chilena para diferenciarse en un contexto de crisis y terminaron por ratificar el retorno de nociones como “pueblo” o “democracia”.
The article places the reflection on the Chilean case and analyzes the institutional responses in the context of the pandemic. It is not an exhaustive treatise on the measures implemented, instead, it resorts to the sociological analysis of discourse as a methodological tool to delve into a symbolic milestone and reveal what were the interactions, contradictions and representations of the political elite around certain segments of society and at the same time, rescue how the emotional game influenced the result that allowed the withdrawal of pension funds from an unprecedented constitutional reform. It is concluded that the pandemic made transparent the need to modernize information systems for making public policy decisions, revealed the lack of synchronization of the institutional apparatus and positioned the middle classes in the political debate as central actors of institutional inequalities. Finally, it is suggested that emotions not only promoted policies aimed at change, but were also an argument reiterated by the Chilean political elite to differentiate themselves in a context of crisis and ended up ratifying the return of notions such as “people” or “democracy”.
O artigo reflete sobre o caso chileno e analisa as respostas institucionais no contexto da pandemia. Não se trata de um tratado exaustivo sobre as medidas implementadas. Em vez disso, recorre à análise sociológica do discurso como uma ferramenta metodológica para mergulhar num marco simbólico e revelar as interações, contradições e representações da elite política em torno de certos segmentos da sociedade e, ao mesmo tempo, resgatar como o jogo emocional influenciou o resultado que permitiu a retirada dos fundos de pensão a partir de uma reforma constitucional sem precedentes. Conclui-se que a pandemia tornou transparente a necessidade de modernizar os sistemas de informação para a tomada de decisão de políticas públicas, revelou a falta de sincronização do aparato institucional e posicionou a classe média no debate político como atores centrais das desigualdades institucionais. Finalmente, sugere-se que as emoções não impulsionaram apenas políticas voltadas para a mudança, mas também foram um argumento reiterado pela elite política chilena para se diferenciar em um contexto de crise e acabaram ratificando o retorno de noções como «povo» ou «democracia».