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Fernando Francisco Mas
Muchos de los abordajes sociológicos contemporáneos se encuentran inspirados en la investigación que Michel Foucault hizo del “neoliberalismo”. Como es conocido, a finales de los años setenta el autor analizó sus principal es teorías microeconómicas y aventuró que en éstas existía la programación de una “racionalidad de gobierno”. Además, sugirió que la subjetividad desde allí alentada era la de un individuo “empresario de sí”. En este artículo explicaremos el “origen” y el uso metodológico de este concepto, y de otro: “forma empresa” (también presentado por Foucault en dicha investigación, aunque sucintamente). Con ello, buscamos argumentar que éste último puede operar, para pensar la subjetividad neoliberal, de un modo más “acabado” y “plástico” que el primero. Esto, porque “forma empresa” no se cierra únicamente a la clásica fórmula economicista de inversión-retorno y permitiría incluir otras acciones, como la competencia. De hecho, la misma microeconomía neoliberal definió a la competencia como su principio general, pero la noción “empresario de sí” la deja de lado. Así también, señalaremos que “forma empresa” ofrece la posibilidad de esbozar otras subjetividades neoliberales, aquellas relativas al campo del management, que desde los años ochenta y hasta hoy también hizo de la competencia el eje de su pensamiento.
Many contemporary sociological approaches are inspired by Michel Foucault's research on "neoliberalism”. As it is known, at the end of the seventies the author analyzed neoliberalism’s main microeconomic theories and ventured that the program of a “governmental rationality” was present in them. Furthermore, he suggested that the subjectivity encouraged by such rationality was an individual “entrepreneur of himself”. In this article I will explain the “origin” and the methodological use of both this concept and "enterprise form" (also presented by Foucault in this research, although briefly). With this, I seek to argue that the latter can be used, in a more “finished” and “plastic” way than the former, to think neoliberal subjectivity. This is because “enterprise form” is not confined only to the classic economic investment-return formula and might allow the inclusion of other actions, such as competition. In fact, neoliberal microeconomics itself defined competition as its general principle, but the notion of “entrepreneur of himself” leaves it aside. Likewise, I will point out that “enterprise form” offers the possibility of outlining other neoliberal subjectivities, those related to the field of management, which from the eighties to our days have also made competition the focus of its thought.
Muitas das abordagens contemporâneas da Sociología são inspiradas pela pesquisa de Michel Foucault sobre o "neoliberalismo". Como é bem conhecido, no final dos anos setenta o autor analisou suas principais teorias microeconômicas e propus que nelas havia a programação de uma “racionalidade de governo”. Além disso, ele sugeriu que a subjetividade central encorajada a partir daí era a de um indivíduo "empreendedor de si mesmo". Neste artigo procuramos explicar a “origem” e a utilização metodológica deste conceito, assim como do conceito “forma empresa” (também apresentado por Foucault na referida pesquisa, embora referido apenas brevemente). Com isso, buscamos argumentar a noção “forma empresa” pode operar, para pensar a subjetividade neoliberal, de forma mais "acabada" e "plástica" do que o primeiro. Isso porque a “forma empresa” não só se encaixa à clássica fórmula econômica de retorno do investimento, mas permitiria a inclusão de outras ações, como a concorrência. Na verdade, a própria microeconomia neoliberal definiu a concorrência como seu princípio geral, porém a noção de “empreendedor de si mesmo” a deixa de lado. Da mesma forma, assinalamos que o conceito “forma empresa” oferece a possibilidade de delinear outras subjetividades neoliberais, aquelas relacionadas ao campo do management, campo que desde os anos oitenta até hoje também fez da concorrência o eixo de seu pensamento.
