Argentina, al igual que otros países de América Latina, con el cambio de siglo inicia un proceso político que algunos autores han caracterizado como de “nuevo signo”, en el que los gobiernos de este período avanzan en la revalorización de la política frente a la “mano invisible” del mercado y en la ampliación de derechos a partir de garantizar el acceso a mecanismos de protección social a grupos históricamente excluidos. El denominado periodo “kirchnerista” (2003-2015) que protagonizó esa etapa en la Argentina, se distinguió por la puesta en marcha de nuevas regulaciones tendientes a ampliar la escolaridad a través de intervenciones que sustentaron la responsabilidad estatal frente a las trayectorias de los nuevos públicos escolares que debían, por ley, integrarse al nivel secundario (Ley de Educación Nacional Nro. 26.206). Si bien los avances legislativos y las políticas desplegadas que acompañaron ese proceso, significaron un importante esfuerzo público hacia la consecución de ese derecho, las medidas dispuestas no han logrado interpelar a un sector de lxs jóvenes en situación de extrema vulnerabilidad social que se encuentran fuera del sistema escolar y, muchos de ellxs también, fuera de los sistemas de protección social. En este artículo nos interesa someter a discusión cómo las categorías oficiales que dan cuenta de este fenómeno resultan insuficientes para comprender de forma compleja el problema de la exclusión escolar, y, por ende, para construir alternativas de actuación apropiadas para estos grupos poblacionales .Toma como fuente empírica los resultados de investigación sobre las llamadas “políticas de inclusión” en la escuela secundaria, desarrollada durante el año 2014 y 2015 en la Provincia de Buenos Aires, jurisdicción que precisamente se caracterizó por el desarrollo en el período bajo estudio de un extenso conjunto de medidas tendientes a mejorar los procesos de integración a la denominada “nueva secundaria” a través de dispositivos hacia los grupos juveniles que no habían completado la educación básica obligatoria. El objetivo de este artículo será presentar desde la perspectiva de esxs jóvenes, un análisis de los procesos conducentes a la desescolarización y la capacidad de las políticas vigentes de intervenir sobre ellos.
At the turn of the last century, Argentina, like other Latin-American countries, began a political process with governments characterised as “new sign governments,” tending to increase the value of policy against the market’s “invisible hand” and making progress in the expansion of rights ensuring the access to social protection to groups that have been historically excluded from them. The so-called “kirchnerista” period (2003-2015), which starred on that stage in Argentina, was distinguished by putting up new regulations on the educational field aimed at expanding schooling through interventions that sustained state responsibility regarding new school publics’ trajectories that had to be included by law in secondary level (National Education Law 26.206). Although the legislative advances and policies that accompanied that process were significant public efforts towards the achievement of that right, the available measures have not managed to challenge a sector of young people in a situation of extreme social vulnerability who are outside the school system and, many of them also, outside the social protection systems reoriented in the last stage of these governments. In this article we discuss how the official categories that account for this phenomenon are insufficient to understand the complex problem of school exclusion, and therefore, to build appropriate alternatives of action for these population groups. The empirical source stemmed from the research results on the so-called “inclusion policies” in secondary schools. Developed during the years 2014 and 2015 in the province of Buenos Aires, these policies entailed an extensive set of measures aimed at improving the integration process for the so-called '”new secondary school'” through devices to youth groups who had not completed compulsory education. This article presents an analysis, from the perspective of young people excluded from the access to school, of the processes leading to that situation and the capacity of the current policies to intervene.
A Argentina, como outros países da América Latina, com a virada do século inicia um processo político que alguns autores caracterizaram como um “novo signo”, no qual os governos desse período avançam na revalorização da política contra a “Mão invisível” do mercado e a expansão dos direitos de garantir o acesso aos mecanismos de proteção social aos grupos historicamente excluídos. O chamado período “Kirchnerista” (2003-2015) que protagonizou essa etapa na Argentina, foi distinguido pela implementação de novas regulações no campo da escola tendendo a expandir a escolaridade através de intervenções que apoiam a responsabilidade do Estado em relação a trajetórias dos novos públicos escolares que deviam, por lei, serem integrados no nível secundário (Lei Nacional de Educação nº 26.206). Embora os avanços legislativos e as políticas implementadas que acompanharam esse processo, significaram um esforço público significativo para alcançar esse direito, as medidas disponíveis não foram capazes de interpelar um setor de jovens em situação de extrema vulnerabilidade social que estão fora do sistema escolar e, muitos deles também, fora dos sistemas de proteção social reorientados na última etapa desses governos.Neste artigo, estamos interessados em discutir como as categorias oficiais responsáveis por esse fenômeno são insuficientes para compreender de forma complexa o problema da exclusão escolar e, portanto, para construir alternativas de ação adequadas para esses grupos de população. Como fonte empírica foram utilizados os resultados da pesquisa sobre as chamadas “políticas de inclusão” na escola secundária, desenvolvidas durante os anos de 2014 e 2015, na Província de Buenos Aires, jurisdição que se caracterizou precisamente por ter implantado no referido período um conjunto amplo de medidas que tendem a melhorar os processos de integração ao denominado "novo secundário" através de dispositivos para os grupos juvenis que não completaram a educação básica obrigatória. O objetivo deste artigo será apresentar, na perspectiva dos jovens excluídos do acesso à escola, uma análise dos processos que conduzem a essa situação e sua relação com as políticas vigentes.