Andrea Leite Rodrigues, Nathalia Kozonoi, Fausto Augusto Marucci Arruda
The organizational model known as "Social Organization" was created as a partnership between the state and a nonprofit organization with previous experience in the fields of health, culture, promotion of rights for people with disabilities or sports. The OS model emerged in the Brazilian Reforma do Estado in the 90s, which can be considered as a recent institutional solution that involves logics of the three sectors: public, private and nonprofit. There are two objectives in this paper: (i) describe their characteristics as organizational model provider of public services, but in the logic of managed private company, (ii) discuss the model in light of the concept of social innovation, ie, analyzing its ability to generate it. A single case study formed the basis of discussion. It is qualitative, descriptive and exploratory. The OS was studied OSESP Foundation, manager of OSESP (State Symphony Orchestra of São Paulo) and the Sala São Paulo. The study relied on multiméthods of data collection, followed by content analysis, reducing the complexity of a set of texts and allowing not only numerical descriptions, but also interpretation of types, qualities and distinctions. As a result, the case study revealed that the adoption of the model is associated with a high-performance organization object of study, efficient use of resources, with high level management. However, doubts remain that cover the possibilities of generating social innovation effectively. Further studies are suggested to the problems, limitations and dilemmas that have been identified with the operation of the OS model in the public sphere.
O modelo de gestão conhecido como "Organização Social" ou simplesmente "OS" nasce de uma parceria entre o Estado e uma organização sem fins lucrativos, no caso do Estado de São Paulo, com experiência prévia nos campos da saúde, cultura, promoção de direitos das pessoas portadoras de deficiência ou esportes. O modelo OS surgiu na onda da Reforma do Estado brasileiro nos anos 90 e configura, portanto, solução institucional recente que envolve a lógica de gestão dos três setores: público, privado e sem fins lucrativos. Há dois objetivos neste trabalho: (i) descrever suas características enquanto modelo organizacional provedor de serviços públicos, porém gerido na lógica da empresa privada; (ii) problematizar o modelo à luz do conceito de inovação social, ou seja, analisar sua capacidade de gerá-la. Um estudo de caso único serviu de base à discussão. Trata-se de pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória. A OS estudada foi a Fundação OSESP, gestora da OSESP (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo) e da Sala São Paulo. O estudo recorreu a multimétodos de coleta de dados, seguida de análise de conteúdo, reduzindo a complexidade de um conjunto de textos e permitindo, não só descrições numéricas, mas também interpretação de tipos, qualidades e distinções. Como resultado, o caso estudado revelou que a adoção do modelo está associada a um alto desempenho da organização objeto de estudo, uso eficiente dos recursos, com gestão de alto nível. Porém, permanecem dúvidas que encobrem as possibilidades de geração de inovação social efetivamente. Novos estudos são sugeridos para os impasses, limitações e dilemas que foram identificados com a operacionalização do modelo das OS na esfera pública.