Diego Alejandro Sánchez Cárdenas
Una de las cuestiones que ha motivado mayor exclusión en la protección brindada por los derechos fundamentales es la obsesión por caracterizar al titular de derechos. Hasta la actualidad, existe un enfoque subjetivo de los derechos fundamentales, bajo el cual, las conductas jurídicamente trascendentes son aquellas que lesionan en sus bienes básicos a sujetos con cualidades específicas: “seres dignos”. Lo que lastimosamente excluye del mundo jurídico a seres distintos al ser humano.
Frente a esta situación, el presente trabajo propone una reordenación de las “funciones jurídicas” de los sistemas de derechos fundamentales. De esta manera, con el ánimo de incluir en el desarrollo jurídico a otras formas de vida, se postulará que la primera función de los sistemas jurídicos debe ser seleccionar como relevante - sin mayor discriminación - a toda aquella conducta que: i) sea debatida socialmente (bajo determinadas características) y; ii) esté relacionada con la supervivencia, el sufrimiento, la libertad y, en general, la satisfacción de las necesidades más elementales (en los términos que se expondrán).
Lo anterior, no supone que el sistema jurídico no deba realizar un análisis ontológico del sujeto, sino que el mismo, lejos de excluir a ciertos seres del mundo jurídico, se desempeñe - como una segunda función del sistema jurídico - con el objeto de determinar la regulación que se brindará a determinado comportamiento que es previamente aceptado como trascendente en la esfera jurídica, debido a su importancia social y sus características especiales.
Con lo anterior, se espera brindar un enfoque que haga factibles los derechos de los animales y del medio ambiente; así como sustentar teóricamente los esbozos que ya han reconocido a especies diferentes al ser humano como intereses jurídicos independientes.
Uma das questões que tem motivado maior exclusão na proteção brindada pelosdireitos fundamentais é a obsessão por caracterizar ao titular de direitos. Até a atualidade,existe um enfoque subjetivo dos direitos fundamentais, sob o qual, as condutasjuridicamente transcendentes são aquelas que lesionam em seus bens básicos asujeitos com qualidades específicas: ‘seres dignos’. O que lastimosamente exclui domundo jurídico a seres distintos ao ser humano. Frente a esta situação, o presentetrabalho propõe uma reordenação das ‘funções jurídicas’ dos sistemas de direitosfundamentais. Desta maneira, com a intenção de incluir no desenvolvimento jurídicoa outras formas de vida, se postulará que a primeira função dos sistemas jurídicosdeve ser selecionar como relevante, sem maior discriminação, a toda aquela condutaque: i) seja debatida socialmente (sob determinadas características) e ii) esteja relacionadacom a supervivência, o sofrimento, a liberdade e, em geral, a satisfação dasnecessidades mais elementares (nos termos que se exporão).O anterior, não supõe que o sistema jurídico não deva realizar uma análise ontológicado sujeito, mas que o mesmo, longe de excluir a certos seres do mundo jurídico,se desempenhe, como uma segunda função do sistema jurídico, com o objeto dedeterminar a regulação que se brindará a determinado comportamento que é previamenteaceitado como transcendente na esfera jurídica, devido a sua importânciasocial e suas características especiais.Com o anterior, se espera brindar um enfoque que faça factíveis os direitos dosanimais e do meio ambiente; assim como sustentar teoricamente os esboços quejá têm reconhecido a espécies diferentes ao ser humano como interesses jurídicosindependentes.
One of the topics that have produced more exclusion in the protection provided byfundamental rights is the obsession to characterize the rights holder. Until now, itprevails a subjective perspective to fundamental rights, under which legally transcendentbehaviors are those that injure individuals with specific qualities: ‘worthybeings’. Because of that, this research proposes a reordering of the ‘legal functions’of fundamental rights systems. In this way, aiming to include other beings in the legaldevelopment, it will be postulated that the first function of legal systems shouldbe to select as relevant —without discrimination— all conducts that i) are sociallydebated (under certain characteristics)