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La inclusión de la depuración étnica, un concepto que carece de significado jurídico propio en el derecho internacional, dentro del ámbito material de la responsabilidad de proteger, junto a crímenes bien tipificados en el derecho penal internacional, ha dado lugar a ciertas dificultades conceptuales. Este ensayo busca explorar, a través de la caracterización de la depuración étnica en el derecho internacional y, en particular, de sus posibles configuraciones como crímenes según el derecho penal internacional, los problemas que esa inclusión a primera vista anómala puede plantear en la interpretación del alcance material de esta. Con tal fin, se aborda el nacimiento y evolución del concepto de la depuración étnica en las relaciones internacionales y en su consideración por los órganos de las Naciones Unidas; se lo analiza luego a la luz del derecho penal internacional, para determinar si puede constituir uno o más de los crímenes internacionales reconocidos, teniendo en cuenta la jurisprudencia internacional y las normas aplicables; finalmente, se estudia la inclusión de la depuración étnica en el ámbito de la responsabilidad de proteger y los problemas que plantea, para elaborar una posible alternativa de solución a partir de los resultados del análisis
The inclusion of ethnic cleansing, a concept that has no legal significance of its own in international law, within the material scope of the responsibility to protect (R2P), together with crimes well-defined in international criminal law, has led to certain conceptual difficulties. This article presents the exploration, through the characterization of ethnic cleansing in international law and, in particular, its possible configurations as crimes under international criminal law, of the issues that such anomalous inclusion may pose in the interpretation of the material scope of the R2P. To this end, the origins and evolution of the concept of ethnic cleansing in international relations and its consideration by the United Nations organs are addressed. Then it presents the analysis in the light of international criminal law to determine whether it may constitute one or more of the recognized international crimes, taking into account international jurisprudence and applicable rules. Finally, the inclusion of ethnic cleansing in the context of the R2P and the issues it poses are explored in order to develop a possible solution based on the results of the analysis.
A incluso da depuração étnica, um conceito que carece de significado jurídico próprio no direito internacional, dentro do âmbito material da Responsabilidade de Proteger, junto a crimes bem tipificados no direito penal internacional, tem dado lugar a certas dificuldades conceituais. Este ensaio busca explorar, através da caracterização da depuração étnica no direito internacional e, em particular, de suas possíveis configurações como crimes segundo o direito penal internacional, os problemas que essa inclusão à primeira vista anómala pode apresentar na interpretação do alcance material dela. Com este fim, se aborda o nascimento e evolução do conceito da depuração étnica nas relações internacionais e em sua consideração pelos órgãos das Nações Unidas; analisa-o logo à luz do direito penal internacional, para determinar se pode constituir um ou mais dos crimes internacionais reconhecidos, tendo em consideração a jurisprudência internacional e as normas aplicáveis; finalmente, estuda-se a inclusão da depuração étnica no âmbito da Responsabilidade de Proteger e os problemas que apresenta, para elaborar uma possível alternativa de solução a partir dos resultados da análise.
