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Covadonga López Ramos
Una observación que se ha repetido a lo largo de los últimos 200 años es que las mujeres viven más que los hombres. Esta diferencia de longevidad entre sexos no puede atribuirse, por tanto, únicamente al distinto papel sociocultural que adquiere cada uno en el seno de una determinada comunidad, ya que se produce de forma consistente en sociedades con costumbres, lugares de asentamiento y hábitos de vida muy diversos. Por ello, desde hace décadas, se ha buscado comprobar si existe un mecanismo biológico subyacente que pueda explicar dicha diferencia. Estas investigaciones han culminado en una gran variedad de resultados que pueden agruparse principalmente en cuatro hipótesis basadas, respectivamente, en las diferencias genéticas, el papel de las hormonas sexuales, el dimorfismo sexual del sistema inmune y la distribución corporal de la grasa. Sin embargo, resulta complejo determinar qué hipótesis es más determinante en la biología de la brecha de género en cuanto a esperanza de vida; además, estas explicaciones sobre sus bases moleculares no son mutuamente excluyentes, sino que todas ellas se suman a las diferencias que existen entre los estilos de vida de hombres y mujeres para intentar dilucidar las razones detrás de que las mujeres vivan más que los hombres, un hecho altamente peculiar y llamativo de la existencia humana.
A fact that has been repeatedly observed over the last 200 years is that women live longer than men. Therefore, this difference in longevity cannot be solely accounted for by the different sociocultural roles played by each of the sexes in the core of a community since this gap remains consistent in societies that greatly differ in their customs, settlement locations, and lifestyles.
Thus, over several decades an effort has been made to determine whether there is a biological mechanism that could explain this difference. This research has produced a wide range of results that could be summarized in four main hypotheses based on genetic disparities, the role of sex hormones, immune system dimorphism, and body fat distribution. However, determining which one of these hypotheses plays the most decisive role in the biology of the gender longevity gap has proven quite an arduous task.
Moreover, these hypotheses are not mutually exclusive; instead, they link the differences in lifestyle behaviour of men and women in an attempt to elucidate the reason why women live longer than men, a highly peculiar and remarkable fact of human existence.
Uma observação que se tem constatado ao longo dos últimos 200 anos é que as mulheres vivem mais que os homens. Portanto, esta diferença de longevidade entre sexos não se pode atribuir unicamente ao distinto papel sociocultural que adquire cada um no seio de determinada comunidade, já que se produz de forma consistente em sociedades com costumes, locais de residência e hábitos de vida muito diversos. Por este motivo, desde há décadas, se tem procurado demostrar que existe um mecanismo biológico subjacente que possa explicar esta diferença. Estas investigações culminaram numa grande variedade de resultados que se podem agrupar principalmente em quatro hipóteses baseadas, respetivamente, nas diferenças genéticas, no papel das hormonas sexuais, no dimorfismo do sistema imunitário e na distribuição da gordura corporal. No entanto, concluir quais destas hipóteses desempenha o papel mais decisivo na biologia da diferença de longevidade de género revelou-se uma difícil tarefa;
além disso, estas explicações de base molecular não são mutuamente excludentes, ao contrário, unem-se às diferenças no comportamento do estilo de vida de homens e mulheres na tentativa de elucidar a razão das mulheres viverem mais que os homens, um facto altamente peculiar e notável da existência humana.
