Access to digital networks has spread throughout the world, due to the popularization of mobile communication devices, and it has not been different in Brazil, where the majority of the young population uses the internet daily (CEPAL, 2018). Inside the communication networks and outside of the schools, some of these young people, on the other hand, have not entered or completed university or any other regular educational institution (IBGE, 2018). In view of this mismatch between the presence of young people in digital environments and their relationship with formal education, we conducted a bibliographic research, from secondary resources, in order to identify how the young people use of connected digital devices, especially to analyze the ways they use cyberspace to participate, mobilize, articulate and give visibility to their causes and demands. From there, we seek to characterize the hacker way of being, identifying connections between young ciberativism, hacker culture and education. As a result of the analysis, we highlight that: digital networks are (also) the stage for the participation, mobilization and articulation of young cyberactivists and has been used to confront traditional party politics; the cyberactivist performance of young people and the movement inspired by hacker culture and ethics have connection points, such as self-management, sharing, engagement, mobilization, empowerment and technological appropriation. We conclude that education with a hacker way of being, inspired by the cyberactivist performance of young people, can foster engagement and participation in a more open, creative, critical, shared and emancipatory educational context.
O acesso às redes digitais tem se disseminado pelo mundo, devido à popularização dos aparelhos de comunicação móveis, e não tem sido diferente no Brasil, onde a maioria da população jovem usa a internet diariamente (CEPAL, 2018). Dentro das redes e fora das escolas, parte desses jovens, por outro lado, não tem ingressado ou concluído a universidade ou qualquer outra instituição regular de ensino (IBGE, 2018). Diante desse descompasso entre a presença dos jovens nos ambientes digitais e sua relação com a educação formal, realizamos esta pesquisa bibliográfica, a partir de fontes secundárias, com o objetivo de identificar os usos que os jovens têm feito dos aparelhos digitais conectados, especialmente para analisar os modos como ocupam o ciberespaço para participar, mobilizar, articular e dar visibilidade a suas causas e demandas. A partir daí, buscamos caracterizar o jeito hacker de ser, identificando conexões entre essas formas de participação ciberativista, a cultura hacker e a educação. Como resultados das análises, destacamos que: redes digitais têm sido (também) palco de participação, mobilização e articulação de jovens ciberativistas e vêm sendo utilizadas para confrontar a política partidária tradicional; a atuação ciberativista de jovens e o movimento inspirado pela cultura e ética hacker possuem pontos de conexão, como a autogestão, o compartilhamento, o engajamento, a mobilização, o empoderamento e a apropriação tecnológica. Concluímos que a educação com jeito hacker de ser, inspirada pela atuação ciberativista de jovens, pode fomentar o engajamento e a participação em um contexto educacional mais aberto, criativo, crítico, compartilhado e emancipatório.