The proletarization of crafts was the product of a process of double disqualification: on the one hand, the separation between conception and execution of work; on the other, the hypothesis of the (supposed) incompetence of the workers in the matter of technological management. Due to this supposed incompetence, trade unions rarely intervein on technology planning debates.
The demands of post industrial capitalism and workers' resistance to the dehumanization imposed by the Taylorist organization, eroded the borders between white and blue collars. The first process of disqualification, the separation between those who think and those who produce, was then questioned.
However, the "incompetence" of workers and their organizations to make decisions in technological matters is rarely problematized. In the face of technological change, the response of workers is analyzed in a speculative way: the requirements in terms of training and / or work reconversion are adapted or resisted, through the adoption of individual or collective strategies.
The position taken by the trade union actor in the face of technological changes (acceptance, denial or intervention in this matter) has a decisive impact on the processes of productive transformation.
In this article, based on a qualitative survey carried out in unions of different branches, we will analyze the heterogeneity of positions that workers adopt in the face of technological change.
This research allows us to argue that, in many cases, they simultaneously challenge the two aspects of the disqualification that gave rise to proletarianization.
A proletarização do artesanatofoi o produto de um duplo processo de desqualificação: por um lado, a separação entre concepção e execução do trabalho; por outro, a exclusão dos trabalhadores da gestão tecnológica. Essa configuração foi expressa nos modos de ação sindical que raramente são orientados a desafiar a organização do proceso produtivo.
As demandas do capitalismo pós-industrial e a resistência dos trabalhadores contra a desumanização imposta pela organização taylorista corro eram as fronteiras entre os pescoçosbranco e azul. O primeiro processo de desqualificação, a separação entre que mpensa e quem produz, foientão questionado.
No entanto, a suposta “incompetência” dos sindicatos para tomar decisõe semquestões tecnológicas ainda é válida. Diante da mudança tecnológica, suaresposta é analisada de forma especulativa: as demandas de treinamento e / ouconversão de mão-de-obra são adaptadas ou resistidas, mediante a adoção de estratégias setoriais ou coletivas. No entanto, nossa pesquisa mostra que as respostas sãomais complexas e existe uma preocupação crescente em fazer parte do debate sobre transformação produtiva.
Neste artigo, apresentamos alguns resultados preliminares de uma investigação qualitativa emandamento emguildas de vários ramos, o que nos permite caracterizar a heterogeneidade de suas posições diante das mudanças tecnológicas. A análise realizada nos permite sustentar que, emmuitos casos, esas posições desafiam simultaneamente os dois aspectos da desqualificação que deram origem à proletarização.