Pablo Barbetta
The advance of the agribusiness model in Argentina triggered a process of territorial reorganization that demonstrates a pattern of occupation and use of space, incompatible with the reproduction of the livelihoods of rural and indigenous communities. Thus, the agricultural development model based on agribusiness implied a process of "exclusive territorialization" in relation to peasant and indigenous agriculture. However, there is also the (re) emergence and strengthening of peasant activism in Argentina. In this work we are interested in addressing agroecology not only as part of the public discourse of organizations as an alternative model to agribusiness. But also as a practice that in the face of the exclusionary logic of the agribusiness model and the consequent de-anchoring of the agro-industrial complexes, the peasantry has developed it as a strategy of re-production. In this context, this work seeks to problematize the processes of socio-environmental transformation in agriculture from the idea of agroecological transition, as a social construction that emerges through the interaction between actors, resources, activities in rural development processes and that It includes not only technical, productive and ecological elements, but also socio-cultural and economic aspects of the farmer, his family and his community. In short, the objective of this work is to analyze and understand the agroecological transition of the peasantry in the scenario of reconfiguration of the agricultural system product of the logic of agribusiness in the province of Chaco (Argentina).
O avanço do modelo de agronegócio na Argentina desencadeou um processo de reorganização territorial que demonstra um padrão de ocupação e uso do espaço, incompatível com a reprodução dos meios de subsistência das comunidades rurais e indígenas. Assim, o modelo de desenvolvimento agrícola baseado no agronegócio implicou um processo de "territorialização exclusiva" em relação à agricultura camponesa e indígena. No entanto, há também o (re) surgimento e fortalecimento do ativismo camponês na Argentina. Neste trabalho, estamos interessados em abordar a agroecologia não apenas como parte do discurso público das organizações como um modelo alternativo ao agronegócio. Mas também como prática que, diante da lógica excludente do modelo do agronegócio e do consequente dissociação dos complexos agroindustriais, o campesinato o desenvolveu como estratégia de re-produção. Nesse contexto, este trabalho busca problematizar os processos de transformação socioambiental na agricultura a partir da ideia de transição agroecológica, como uma construção social que emerge através da interação entre atores, recursos, atividades nos processos de desenvolvimento rural e que Inclui não apenas elementos técnicos, produtivos e ecológicos, mas também aspectos socioculturais e econômicos do agricultor, de sua família e de sua comunidade. Em suma, o objetivo deste trabalho é analisar e compreender a transição agroecológica do campesinato no cenário de reconfiguração do produto do sistema agrícola da lógica do agronegócio na província de Chaco (Argentina).