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Mariana del Mármol, Leonardo Basanta
En este artículo nos interesa indagar las preguntas y contradicciones que emergen al observar el trabajo artístico a la luz de ciertas propuestas que señalan los vínculos entre este tipo de trabajo y el capitalismo contemporáneo.
Luego de reponer un breve estado del arte sobre los estudios dedicados al abordaje de las dimensiones laborales y profesionales de la actividad artística, comenzaremos revisando las nociones de trabajo y profesión y su aplicación en el campo del teatro en la ciudad de La Plata (Buenos Aires, Argentina). A continuación reseñaremos aquellas propuestas que señalan semejanzas entre la subjetividad artística y la subjetividad del capitalismo y observaremos las características del trabajo artístico que lo vuelven flexible y precario así como el rol que cumple la autoexplotación en esos procesos. Formularemos algunos interrogantes que surgen de considerar las particularidades del contexto teatral platense a partir de la noción de gasto improductivo y retomaremos la pregunta por la posibilidad de un hacer libre de condicionamientos. Finalmente, reflexionaremos acerca del rol que cumplen el reconocimiento y la legitimación como moneda de pago en circuito teatral que nos encontramos indagando.
La estrategia metodológica se basó en una descripción del fenómeno analizado en base a materiales de dos fuentes: el trabajo etnográfico realizado por unx de las autorxs y la experiencia de ambxs autorxs en tanto participantes del campo indagado.
Esperamos que el trabajo permita una contribución a las reflexiones sobre el trabajo artístico en general y sobre las particularidades que este adquiere para el caso del teatro en una ciudad intermedia. Y que contribuya también a la comprensión de procesos similares a los que aquí se describen en otros tipos de trabajo, fuera del campo de la producción artística.
In this article we are interested in looking into some questions and contradictions that appear by analysing the artistic work considering some publications that points the relationships between this kind of work and the contemporary capitalism.
In order to do this, we'll start by reviewing the work and professionalization notions and their uses in artistic areas in general, and inside La Plata (Buenos Aires, Argentina) stage work in particular. Then we'll review some publications that compare the artistic subjectivity and capitalism subjectivity and we'll point out some artistic work characteristics that convert it into a flexibilized and precarious one. We’ll also point out how the self exploitation works in these process. We'll ask some questions that emerge by considering the particularities of La Plata stage work as an improductive waste and we'll ask if a practice free of conditioning is possible.
Finally, we'll analyse how recognition and legitimation affect in the stage work we are analyzing.
In order to do this job, we'll use a methodological strategy based in a description of the phenomenon analyzed made using two sources: the ethnographic work completed by one of the authors and the experience of both authors as active participant of La Plata stage work.
We hope this article will give a contribution to other inquiries about the artistic work in general, and about the particularities of this work in an intermediate city. We also hope this article will help to the understanding of similar process to the ones described in this article in other kinds of jobs, not just the artistic ones.
Neste artigo estamos interessados em investigar as questões e contradições que surgem ao observar o trabalho artístico à luz de certas propostas que apontam as ligações entre esse tipo de trabalho e o capitalismo contemporâneo.
Depois de se recuperar de um breve estado da arte dos estudos dedicados a abordar as dimensões laborais e profissionais da atividade artística, começaremos revisando as noções de trabalho e profissão e sua aplicação no campo do teatro em La Plata (Buenos Aires, Argentina).
A seguir, revisaremos as propostas que apontam semelhanças entre a subjetividade artística e a subjetividade do capitalismo, e observaremos as características do trabalho artístico que o tornam flexível e precário, bem como o papel da auto-exploração nesses processos.
Formularemos algumas questões que surgem ao considerar as particularidades do contexto teatral em La Plata com base na noção de gasto improdutivo e retornaremos à questão da possibilidade de se libertar do condicionamento. Por fim, refletiremos sobre o papel que o reconhecimento e a legitimação desempenham como moeda de pagamento no circuito teatral que estamos investigando.
A estratégia metodológica baseou-se na descrição do fenômeno analisado a partir de materiais de duas fontes: o trabalho etnográfico realizado por um dos autores e a experiência de ambos os autores como participantes do campo pesquisado.
Esperamos que o trabalho permita uma contribuição para as reflexões sobre o trabalho artístico em geral e sobre as particularidades que adquire no caso do teatro em uma cidade intermediária.
Esperamos que esta revisão também contribua para a compreensão de processos semelhantes aos descritos aqui em outros tipos de trabalho, fora do campo da produção artística.
