Argentina
En este trabajo se analiza el impacto del Aislamiento Social Preventivo y Obligatorio (ASPO) sobre el escenario laboral de Mar del Plata y los efectos que provocó en la distribución del trabajo doméstico y de cuidados no remunerado. Los datos provienen de un relevamiento propio dirigido a trabajadores y trabajadoras de toda la ciudad realizado durante la fase 2 del ASPO. La muestra (no probabilística) incluyó a 1660 personas que hasta antes del ASPO trabajaban de manera habitual. Los principales resultados dan cuenta que para la mayor parte de la población la situación cambió de manera sustancial. El 42,2% no trabajaba y un 27,3% trabaja menos horas. Un 31,7% no percibía ingresos laborales y un 23% ganaba menos de lo habitual. Asimismo, el 24,3% realizaba teletrabajo y menos de la mitad de este grupo al convivir con dependientes presentaban serios obstáculos para realizar su trabajo, siendo las mujeres las más perjudicadas. Esta concentración de tareas se intensifica cuando hay niños, niñas y adolescentes que requieren asistencia escolar. Asimismo, las expectativas económicas y de la propia fuente laboral son eminentemente negativas. Por último, la palabra de los encuestados permitió acercarnos a la diversidad de problemáticas individuales que generó esta medida de emergencia.
This paper analyzes the impact of Preventive and Compulsory Social Isolation (ASPO, for its initials in Spanish) on Mar del Plata’s labor scenario and the effects it caused on the distribution of domestic and care unpaid work. The data comes from our own survey aimed at workers throughout the city and it was carried out during phase 2 of the ASPO. The sample (non-probabilistic) included 1660 people who, until before ASPO, worked regularly. The main results show that for most of the population the situation changed substantially. 42.2% did not work and 27.3% work fewer hours.
31.7% did not receive income at all, and 23% earned less than usual. Likewise, 24.3% carried out home office and less than half of this group presented serious obstacles on carrying out their work because of the presence of dependents. In this case, women happened to be the most disadvantaged group. This concentration of tasks is intensified when there are children and adolescents who require school attendance. Furthermore, economic expectations and expectations from the labor source itself are eminently negative. Finally, respondents’ own opinion about the situation allowed us to get closer to the diversity of individual problems that this emergency measure generated.
Este artigo analisa o impacto do isolamento social preventivo e obrigatório (ASPO, sigla em espanhol) no cenário laboral de Mar del Plata e os efeitos que ele causou na distribuição do trabalho doméstico e de cuidados não remunerados. Os dados provêm de uma pesquisa própria, dirigida a trabalhadores de toda a cidade, realizada durante a fase 2 do ASPO. A amostra (não probabilística) incluiu 1660 pessoas que, até antes do ASPO, trabalhavam regularmente. Os principais resultados mostram que para a maioria da população a situação mudou substancialmente. 42,2% não trabalhavam e 27,3% trabalhavam menos horas. 31,7% não receberam renda laboral e 23% ganharam menos do que o habitual. Da mesma forma, 24,3% realizavam teletrabalho e menos da metade desse grupo, quando morava com dependentes, apresentava sérios obstáculos para a realização do trabalho, sendo as mulheres as mais desfavorecidas. Essa concentração de tarefas é intensificada quando há crianças e adolescentes que necessitam suporte escolar. Da mesma forma, as expectativas econômicas e da própria fonte de trabalho são eminentemente negativas. Finalmente, a fala dos entrevistados nos permitiu nos aproximar à diversidade de problemas individuais que essa medida de emergência gerou.