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Maria Aparecida Ferrari, Juliane Martins, Victor Theodoro
São recentes os estudos sobre práticas de ensino-aprendizagem em cursos de Relações Públicas no Brasil. Se, por um lado, as organizações estão incorporando práticas inovadoras apoiadas pelas TICs (Tecnologias de Informação e de Comunicação) para melhorar as relações com stakeholders e na gestão da comunicação; a realidade é que a literatura existente que trata das aceleradas mudanças tecnológicas na sociedade contemporânea e do desafio que as Instituições de Educação Superior (IES) enfrentam para acompanhar esses avanços ainda é escassa. Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa desenvolvida com cursos de Relações Públicas brasileiros, obtidos a partir de técnicas qualitativas que revelam uma crescente preocupação dos professores em adotar novas tecnologias como estratégias para motivar e fomentar o interesse dos "estudantes digitais" e atender às demandas das áreas de comunicação das organizações, que adotam novas ferramentas para lidar com públicos cada vez mais exigentes. Cabe ressaltar que, apesar da tecnologia trazer contribuições importantes, sua eficácia está condicionada a sua total integração no processo educacional. Os resultados demonstram que a ruptura tecnológica leva as empresas a agir, o que força os cursos de Relações Públicas a refletir sobre a adoção de novos métodos de ensino e aprendizagem, sem perder a visão crítica do uso da comunicação. Essas descobertas oferecem a oportunidade de novos estudos serem desenvolvidos, principalmente para avaliar o impacto da tecnologia com os estudantes em termos de aprendizado na era digital, um desafio para professores, IES e para a profissão de Relações Públicas.
