Abstract This paper explores the hypothesis that the paradoxical character of the concept of value is behind the need to adopt a dialectical form of exposition of this concept. Building on the works of authors associated with critical theory, it examines value’s specific mode of objectivity, and argues that Marx’s adoption of the dialectic mode of exposition was motivated by his comprehension that value is at once immaterial and objective. It then analyses the relation between dialectics and critique, and shows that Marx’s adoption of the dialectic mode of exposition allows him to both unveil the historicity of value and its forms and to explain why such social entities necessarily appear as something natural. Lastly, it argues that the limits of the capitalist social forms determine the character of their dialectical exposition, which means that the latter has limits of the latter cannot be overcome without deforming the very content of such forms.
Resumo Este artigo explora a hipótese de que o caráter paradoxal do valor obriga a sua exposição conceitual a assumir uma forma dialética. Ele mobiliza reflexões de autores vinculados à teoria crítica com o intuito de desvendar o modo de objetividade específico do valor e mostra que a adoção marxiana do método dialético de exposição é motivada pela compreensão de que o valor é, a um só tempo, algo objetivo e imaterial. O artigo examina a relação entre dialética e crítica, mostrando que o método de exposição adotado por Marx permite a ele revelar a historicidade do valor e de suas formas e explicar por que esses elementos aparecem aos sujeitos como algo natural. Finalmente, argumenta-se que os limites do valor e de suas formas determinam o caráter do método adequado à sua exposição, o qual possui limites que só podem ser ultrapassados sob custo da deformação do seu próprio objeto.