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Adriana María Ruiz Gutiérrez, Henry Roberto Solano Vélez
RESUMEN La soberanía contemporánea se actualiza dentro del campo de la gubernamentalidad, y ejerce su poder de forma extralegal y extrahumana sobre ciertas poblaciones consideradas peligrosas para la seguridad social. Estas prácticas producen vidas invivibles, no solo porque están fuera de la ley, sino también, y por las mismas razones lógicas, porque están fuera de los marcos que definen lo humano. Guantánamo constituye aquí el paradigma ejemplar de la negación del estatuto jurídico y ontológico de los prisioneros cuyas vidas son suspendidas indefinidamente. Entre las conclusiones que arroja esta reflexión, se encuentra que el exceso de poder soberano amenaza la vida humana de aquellos sectores seleccionados como riesgosos, al igual que la vida comunitaria reducida al riesgo, la enemistad y el rechazo.
ABSTRACT Contemporary sovereignty is updated within the field of governmentality, and exercises its power in an extralegal and extrahuman form on certain populations considered dangerous for social security. These practices lead to unlivable lives not only because they are outside the law, but also, and for the same logical reasons, because they are outside the frameworks that define what is human. Guantanamo constitutes the exemplary paradigm of the denial of the legal and ontological status of prisoners whose lives are suspended indefinitely. Among the conclusions drawn from this reflection is that the excess of sovereign power threatens the human life of those sectors considered to be dangerous, as well as community life which becomes reduced to risk, enmity and rejection.
RESUMO A soberania contemporânea é atualizada no campo da governamentalidade e exerce seu poder de maneira extralegal e extra-humana sobre certas populações consideradas perigosas para a segurança social. Essas práticas produzem vidas invisíveis não apenas porque estão fora da lei, mas também, e pelas mesmas razões lógicas, porque estão fora dos limites que definem o humano. Guantánamo constitui aqui o paradigma exemplar da negação do estatuto jurídico e ontológico dos prisioneiros que têm suas vidas suspensas indefinidamente. Entre as conclusões dessa reflexão, conclui-se que o excesso de poder soberano ameaça a vida humana dos setores selecionados como arriscados, bem como a vida comunitária reduzida a risco, inimizade e rejeição.
