Altair Alberto Fávero, Diego Bechi
El modelo de subjetivación capitalista determina la generalización de la competencia como norma de conducta, íntima a los individuos a concebirse a sí mismo ya comportarse como una empresa, ordena las relaciones sociales según el modelo de mercado y altera la lógica de las políticas públicas. El presente ensayo pretende comprender, a partir del referencial teórico de P. Dardot & C. Laval (2016a, 2016b, 2010), F. Guattari (1985, 1996), G. Alves (2008, 2011), D. Mancebo (2007, 2003), entre otros, cómo se constituye la subjetividad del trabajador docente de la enseñanza superior, ante el actual proceso de expansión hegemónica de la racionalidad toyotista / neoliberal, y de qué forma ese proceso de subjetivación capitalística ha interferido sobre las condiciones de trabajo y el modo / proyecto de vida de los profesionales de la educación. Se trata de un estudio exploratorio en cuanto a los objetivos y bibliográfico en cuanto a los procedimientos de cuño hermenéutico-analítico. En primer lugar, el ensayo trata de las transformaciones en la estructura político-económica, cultural y productiva, inherentes a la expansión del capitalismo flexible, que dieron sustento a la construcción de un nuevo modelo de "gobernanza" y la formación de un nuevo sujeto productivo (autogobernable). A continuación, presenta los mecanismos y movimientos utilizados por la racionalidad toyotista / neoliberal en la formación de una subjetividad productivista y competitiva y sus implicaciones sobre los ritmos y condiciones de trabajo. Por fin, busca comprender las metamorfosis del trabajo docente, incluyendo el fenómeno relativo a la intensificación y precarización de sus condiciones de trabajo, derivado del proceso de subjetivación capitalista.
The model of capitalist subjectivation determines the generalization of competition as a norm of conduct, intimate individuals to conceive of themselves and behave like a company, order social relations according to the market model and change the logic of public policies. The present essay aims to understand, from the theoretical reference of P. Dardot & C. Laval (2016a, 2016b, 2010), F. Guattari (1985, 1996), G. Alves (2008, 2011), D. Mancebo (2007, 2003), among others, how the subjectivity of the teaching worker of higher education is constituted, in the face of the current hegemonic expansion process of toyotista / neoliberal rationality, and how this process of capitalist subjectivation has interfered with working conditions and the mode / life project of education professionals. It is an exploratory study regarding the objectives and bibliographical information about the procedures of hermeneutic-analytical character. Initially, the essay deals with the transformations in the political-economic, cultural and productive structure inherent to the expansion of flexible capitalism, which underpinned the construction of a new model of "governance" and the formation of a new (self-governing) productive subject. Then, it presents the mechanisms and movements used by the toyotista / neoliberal rationality in the formation of a productivist and competitive subjectivity and its implications on the rhythms and working conditions. Finally, it intents to understand the metamorphoses of the teaching work, including the phenomenon related to the intensification and precarization of its working conditions, due to the process of capitalist subjectivation.
O modelo de subjetivação capitalista determina a generalização da concorrência como norma de conduta, intima os indivíduos a conceber a si mesmo e a comportar-se como uma empresa, ordena as relações sociais segundo o modelo de mercado e altera a lógica das políticas públicas. O presente ensaio visa compreender, a partir do referencial teórico de P. Dardot & C. Laval (2016a, 2016b, 2010), F. Guattari (1985, 1996), G. Alves (2011, 2008), D. Mancebo (2007, 2003), dentre outros, como se constitui a subjetividade do trabalhador docente do ensino superior, diante do atual processo de expansão hegemônica da racionalidade toyotista/neoliberal, e de que forma esse processo de subjetivação capitalística tem interferido sobre as condições de trabalho e ao modo/projeto de vida dos profissionais da educação. Trata-se de um estudo exploratório quanto aos objetivos e bibliográfico quanto aos procedimentos de cunho hermenêutico-analítico. Inicialmente, o ensaio trata das transformações na estrutura político-econômica, cultural e produtiva, inerentes à expansão do capitalismo flexível, que deram sustentação à construção de um novo modelo de “governança” e à formação de um novo sujeito produtivo (autogovernável). Em seguida, apresenta os mecanismos e movimentos utilizados pela racionalidade toyotista/neoliberal na formação de uma subjetividade produtivista e concorrencial e suas implicações sobre os ritmos e condições de trabalho; por fim, busca compreender as metamorfoses do trabalho docente, incluindo o fenômeno relativo à intensificação e à precarização de suas condições de trabalho, decorrente do processo de subjetivação capitalista.