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Adriana Zapata Martínez
El objetivo de este artículo es reflexionar sobre las maternidades y paternidades transnacionales, específicamente, acerca del mantenimiento de las relaciones y los vínculos parento-filiales en la distancia física, a partir de procesos de interacción mediada en los cuales se utilizan recursos tecnológicos y comunicativos, que permiten establecer conexiones entre sujetos emparentados que están en dos o más países —producto de los procesos de migración internacional—. De este modo, se parte de la premisa de que madres, padres inmigrantes y sus hijos/as ubicados en el país de origen, pueden dar sostenibilidad a sus relaciones y vínculos desde la distancia física mediante procesos de interacción que no requieren necesariamente coresidir y establecer relaciones cara a cara, y en los cuales se enlaza lo real y lo virtual, lo cercano y lo lejano. Esto no solo supone la conexión de espacios y tiempos, sino también de personas que están unidas por lazos de parentesco, que se construyen y deconstruyen permanentemente en la vida familiar cotidiana. Es así como en la primera parte de este artículo se abordan y discuten los conceptos de parentalidad, parentalidad transnacional, maternidad transnacional y paternidad transnacional, que van más allá del ser madre o padre y que implican nuevas formas de hacer familia. En la segunda parte, se introduce la discusión sobre los procesos de interacción familiar, relacionados con las situaciones de interacción mediada, en las que se utilizan medios comunicativos y tecnológicos que permiten generar dinámicas relacionales y vinculantes, siendo posible crear rutinas conversacionales que no solo transmiten información, sino también generan procesos de interacción familiar, en los que se construyen lo grupal y lo colectivo, lo compartido y lo común. En estas interacciones, las emociones se convierten en un elemento clave de la vida familiar cotidiana, al permitir construir lazos afectivos desde la distancia física.
O objetivo deste artigo é refletir sobre as maternidades e paternidades transnacionais, em específico, sobre a manutenção do relacionamento e dos vínculos parento-filiais na distância física, a partir de processos de interação mediada por meio de recursos tecnológicos e comunicativos que permitem estabelecer conexões entre sujeitos emparentados que estão em dois ou mais países — produto dos processos de migração internacional. Desse modo, parte-se da premissa de que mães e pais imigrantes e seus/suas filhos/as localizados no país de origem podem manter seu relacionamento e vínculos mediante processos de interação que não exigem necessariamente corresidir e estabelecer relações cara a cara, nos quais se enlaça o real e o virtual, o próximo e o distante. Isso não somente supõe a conexão de espaços e tempos, mas também de pessoas que estão unidas por laços de parentesco, que se constroem e descontroem permanentemente na vida familiar. É assim como, na primeira parte deste artigo, são abordados e discutidos os conceitos de parentalidade, parentalidade transnacional, maternidade transnacional e paternidade transnacional, que vão mais além do ser mãe ou pai e que implicam novas formas de fazer família. Na segunda parte, é introduzida a discussão sobre os processos de interação familiar relacionados com as situações de interação mediada, nas quais são utilizados meios de comunicação e tecnologia que permitem gerar dinâmicas de relacionamento e vínculo, tornando possível criar rotinas de conversa que não somente transmitem informação, mas também geram processos de interação familiar em que são construídos o grupal e o coletivo, o compartilhado e o comum. Nessas interações, as emoções se convertem em um elemento-chave da vida familiar cotidiana, ao permitir laços afetivos a partir da distância física.
The objective of this article is to reflect on transnational mothering and fathering, and specifically, on how parent-child relations and bonds are preserved from a physical distance, on the basis of mediated interaction processes in which technological and communications resources are used in order to establish connections among family members who are in two or more countries as a result of international migration processes. Thus, our starting point is the premise that immigrant mothers and fathers and their children located in the country of origin can maintain their relations and bonds despite the physical distance, by means of interaction processes that do not necessarily entail living in the same place or establishing face-to-face relations, and in which the real and the virtual, the close and the distant, are brought together. This involves not only the connection of spaces and times, but also of persons joined by kinship bonds that are constantly constructed and deconstructed in everyday family life. The first part of the article thus addresses and discusses the concepts of parenting, transnational parenting, transnational mothering, and transnational fathering, which go beyond being a mother or a father and entail new forms of building a family. The second part introduces the discussion of family interaction processes associated with mediated interaction situations, which use communications and techonological resources to generate relational and binding dynamics. This makes it possible to create conversational routines that both convey information and generate family interaction processes, in which the group and the collective, the shared and the common are built. In these interactions, emotions become a key element of everyday family life by making it possible to build affective bonds despite the physical distance.
