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Brasil
Purpose – This article aims to investigate the fears of entrepreneurial women in consolidated businesses, in view of the current volatile political and economic situation in Brazil.
Design/methodology/approach – We chose a qualitative and interpretative approach, using in-depth interviews with expert entrepreneurs with already consolidated businesses as the data collection technique. We did not define the categories a priori, but instead they emerged inductively from what the interviewees said.
Findings – The findings indicate that the fears present in entrepreneurial activities go beyond those related to opening a business and its continuity, such as fear of bankruptcy. We noticed that during the entrepreneurial trajectory, fears alter and can be grouped into the following categories: fears related to the future of the enterprise and the entrepreneur; specific fears concerning the business sector; fears related to financial aspects. The economic instability in Brazil seems to be an aggravating factor and was present at all times in the women’s statements.
Originality/value – The theoretical contribution of this study lies in the finding that there are fears that can change as the woman and the enterprise mature. This finding goes beyond the fears commonly found in the literature, which are the fear of opening a new business and that of failure or bankruptcy. This study is aligned with those that address the emotions that permeate entrepreneurial activities. By identifying that women have different types of fears over time, the study could, as a practical contribution, lead to business training programs that, in addition to technical aspects, also include emotional dimensions to better prepare entrepreneurial women.
Objetivo – Este artigo tem como objetivo geral investigar os medos das mulheres empreendedoras em negócios consolidados, em face à atual situação de instabilidade política e econômica no Brasil.
Metodologia – A abordagem escolhida foi qualitativa de natureza interpretativa, tendo como técnica de coleta de dados, a entrevista em profundidade com empreendedoras experts e com negócios já consolidados. As categorias não foram definidas a priori, mas surgiram de maneira indutiva a partir da fala das entrevistadas.
Resultados – Os resultados indicam que o medo presente na atividade empreendedora vai além daqueles que permeiam a abertura de um negócio e na sua continuidade, como o medo da falência. Percebeu-se que, durante a trajetória empreendedora, os medos vão sendo alterados e podem ser agrupados nas seguintes categorias: medos relacionados ao futuro do empreendimento e da empreendedora; medos específicos do setor de atuação; medos relacionados a aspectos financeiros. A instabilidade econômica do Brasil parece ser fator agravante e esteve presente durante todo o tempo na fala das mulheres.
Contribuições – A contribuição teórica deste estudo está fundada na constatação de que existem medos que podem ir se alterando conforme a mulher e o empreendimento amadurecem. Tal constatação vai além dos medos comumente encontrados na literatura, que são o medo de abrir um novo negócio e o de fracasso ou falência. Este trabalho alinha-se àqueles que tratam das emoções que permeiam a atividade empreendedora. Como contribuição prática, ao admitir que as mulheres têm diferentes tipos de medo ao longo do tempo, os programas de treinamento empresarial podem contemplar, além dos aspectos técnicos, as dimensões emocionais, preparando melhor as mulheres empreendedoras.
