Susan Martín-Márquez
Este artículo analiza la reformulación de los discursos de la Leyenda Negra, la travesía atlántica (‘Middle Passage’) y la convivencia en las narrativas del siglo XIX publicadas por cubanos enviados a la colonia penal española de facto en Fernando Poo. Contextualizada con fuentes de archivo, esta lectura subraya cómo los deportados condenaron la perpetuación española del comercio de esclavos mientras luchaban por negociar su propia situación al interior de prácticas racialmente estratificadas a finales del imperio. Dichas negociaciones con frecuencia agravaron divisiones tradicionales entre diferentes comunidades del sistema colonial español. En algunos casos, sin embargo, los encuentros de los deportados con ciudadanos y sujetos coloniales de territorios distantes pueden haber fortalecido y expandido una identificación y solidaridad intra-imperial.
This article studies the reformulation of Black Legend, Middle Passage and convivencia discourses in nineteenth-century narratives published by Cubans sent to Spain’s de facto penal colony on Fernando Po. Contextualised with archival sources, this reading highlights how deportees condemned Spain’s perpetuation of the slave trade while struggling to negotiate their own positioning within the racially-stratified practices of lateimperial space. Those negotiations often exacerbated traditional divisions between different communities within the Spanish colonial system. In some instances, however, the deportees’ encounters with citizens and colonised subjects from distant territories may have bolstered and expanded intra-imperial identification and solidarity.
Este artigo estuda a reformulação dos discursos da Lenda Negra (‘Black Legend’), do tráfico negreiro (‘Middle Passage’) e da ‘convivencia’ (convivência) nas narrativas do século dezenove publicadas por cubanos enviados para as colônias penais de fato da Espanha em Fernando Po. Contextualizado com fontes de arquivo, o artigo ressalta como os indivíduos deportados condenavam a perpetuação do comércio escravagista pela Espanha, ao mesmo tempo em que lutavam para negociar suas próprias posições dentro das práticas racialmente estratificadas do final do período colonial. Tais negociações geralmente exacerbavam divisões tradicionais entre diferentes comunidades dentro do sistema colonial espanhol. No entanto, em alguns momentos, os encontros dos deportados com cidadãos e indivíduos colonizados de diferente territórios pode ter reforçado e expandido a solidariedade e identificação intra-imperial.