Por que não se estuda pensadores brasileiros nos cursos de filosofia? Onde é que eles estão? E o problema da falta de pensadores brasileiros nos cursos de filosofia é um problema que afeta apenas a comunidade filosófica brasileira? Ou o que temos aqui é a expressão local e particular de um problema político mais geral? Na seguinte entrevista, realizada por e-mail entre 22 de maio e 31 de julho de 2019, Murilo Seabra fala do estranhamento que causa a expressão “filosofia brasileira”, das dificuldades objetivas e subjetivas que quem sai dos trilhos precisa enfrentar, e nos pede para pararmos de bater continência política e intelectual para as potências hegemônicas.