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Valdivia, Chile
México
Este artículo contribuye a desplegar el campo de relaciones que se ha establecido entre las nociones de crisis y cambio ambiental global, a través de la revisión de las principales tradiciones de pensamiento ambiental con influencia en América Latina, a partir de la década de 1970. Con este objetivo, se examinan los rasgos distintivos de la representación de lo ambiental en la producción académica de las ciencias sociales regionales, las construcciones éticas sobre las que se sostiene esta producción y las relaciones que se establecen entre ecología, crisis y desarrollo. El texto presenta un panorama general tanto de la producción identificada con Latinoamérica, como de las adaptaciones e interpretaciones de otros idearios y pensamientos de origen no latinoamericano, pero de reconocida influencia regional. Metodológicamente, se realiza un trabajo de doble hermenéutica sobre la bibliografía relevante, principalmente a través de textos y autores que inspiran y fundan las perspectivas estudiadas. El primer apartado hace un recorrido analítico y descriptivo sobre las nociones de crisis y las respuestas éticas hacia la naturaleza que sirven de base a las propuestas teóricas. El segundo apartado presenta un panorama de la construcción de la problemática ambiental desde cinco grandes grupos de perspectivas teóricas: la economía ambiental y ecológica, el marxismo ecológico, la modernización ecológica, la ecología política, la ontología política y la perspectiva decolonial. Finalmente, se presentan las conclusiones y reflexiones sobre los alcances políticos y prácticos de la producción teórica ambiental en Latinoamérica. Afirmamos que el pensamiento social latinoamericano sobre el cambio ambiental global ―dadas las realidades sociomateriales sobre las que funda su evidencia― se encuentra en una posición privilegiada para aportar a la construcción de otras prácticas no centradas en la apropiación instrumental y a la visibilización de otras ontologías relacionales entre humanos y naturaleza no humana.
Este artigo contribui para o desenvolvimento do campo de relações que é estabelecido entre as noções de crise e mudança ambiental global, por meio da revisão das principais tradições de pensamento ambiental com influência na América Latina, a partir da década de 1970. Com esse objetivo, foram examinados os traços diferenciais da representação do ambiental na produção acadêmica das ciências sociais regionais, as construções éticas sobre as quais essa produção está apoiada e os vínculos estabelecidos entre ecologia, crise e desenvolvimento. Este texto apresenta um panorama geral tanto da produção identificada com América Latina como das adaptações e interpretações de outros ideários e pensamentos de origem não latino-americano, mas de reconhecida influência regional. Metodologicamente, foi realizado um trabalho de dupla hermenêutica sobre a bibliografia relevante, principalmente por meio de textos e autores que inspiram e fundamentam as perspectivas estudadas. A primeira seção faz um percorrido analítico e descritivo sobre as noções de crise e as respostas éticas perante a natureza que servem de base para as propostas teóricas. A segunda seção apresenta um panorama da construção da problemática ambiental sob cinco grandes grupos de perspectivas teóricas: a economia ambiental e ecológica; o marxismo ecológico; a modernização ecológica; a ecologia política; a ontologia política e a perspectiva decolonial. Finalmente, são apresentadas as conclusões e reflexões sobre os alcances políticos e práticos da produção teórica ambiental na América Latina. Afirmamos que o pensamento social latino-americano sobre a mudança ambiental global — tendo em vista as realidades sociomateriais sobre as quais sua evidência é fundamentada — encontra-se numa posição privilegiada para contribuir à construção de outras práticas não centralizadas na apropriação instrumental e para a visibilização de outras ontologias relacionais entre humanos e natureza não humana.
On the basis of the review of the main traditions of environmental thought that have been influential in Latin America since the 1970s, the article describes the field of relations established between the notions of crisis and global environmental change. To this effect, it examines the distinctive features of the representation of the environmental field in the academic production of regional social scientists, the ethical constructions grounding that production, and the links established among ecology, crisis, and development. The text provides an overview of both the Latin American production and the adaptations and interpretations of other ideas that did not originate in Latin America, but have had a marked influence in the region. Methodologically, it carries out a double hermeneutic analysis of the relevant bibliography, mainly of the texts and authors that inspired and laid the bases for the perspectives studied here. The first section carries out an analysis and description of the notions of crisis and the ethical responses to nature that serve as the basis for theoretical proposals. The second section provides an overview of the construction of environmental issues on the basis of five theoretical perspectives: environmental and ecological economics; ecological Marxism; ecological modernization; political ecology; and the decolonial perspective. Finally, the paper includes a series of conclusions and reflections on the political and practical scope of theoretical production on environmental issues in Latin America. We argue that, given the socio-material conditions in which its evidence is grounded, Latin American social thinking on global environmental change is in a privileged position to contribute to the construction of other practices that do not focus on instrumental appropriation, as well as to making visible other relational ontologies between human beings and non-human nature.
