Franciele Santos de Lima, Nadir Zago
O número de matrículas no ensino superior brasileiro dobrou na última década, entretanto as estatísticas demonstram que menos da metade dos ingressantes conseguem concluir o curso no prazo regular de duração. Entre as principais causas para o baixo número de diplomados está a evasão estudantil, tema que tem desafiado muitos pesquisadores. Objetivando compreender como se configura o fenômeno da evasão em instituições comunitárias, cenário pouco explorado nas pesquisas sobre evasão no ensino superior, realizamos uma pesquisa exploratória, apoiada, sobretudo em dados quantitativos, acerca das entradas e saídas de estudantes, no período de 2005 a 2014 em uma universidade comunitária da região Oeste de Santa Catarina. Entre os resultados obtidos destacamos que: 1) não há um consenso acerca do conceito de evasão, em muitos casos este se encontra associado à outras situações como a mobilidade estudantil. 2) Na instituição pesquisada, em 10 anos, o número de saídas (36.250) foi superior ao de entradas registradas (25.506). 3) Em geral a instituição opera com 05 formas de saída ou modalidades de evasão: trancamento, cancelamento, abandono e as transferências internas e externas, na maioria delas, verificamos que houve uma queda no numero de casos no período analisado, em média -56%, exceto os cancelamentos que apresentaram um aumento de 73%. Por fim, constatamos que estudar a evasão no ensino superior nos permite compreender sua complexidade e abrangência nos diferentes cenários em que se apresenta.