Manuel E. Mera
En las democracias latinoamericanas, muchas provincias y estados muestran características autocráticas que contrastan con el contexto democrático nacional. La literatura sobre el autoritarismo subnacional ha lidiado con este interrogante, pero las explicaciones se basan principalmente en el rol político y económico del gobierno nacional. Para explicar el surgimiento y la resiliencia de gobiernos subnacionales autocráticos, presento una teoría que analiza las dinámicas internas. Sostengo que las autocracias subnacionales son posibles en un contexto de baja diversificación económica. Las economías no diversificadas, con un sector económico dominante, crean una red de intereses alineada con el gobierno local y reducen el apoyo a los partidos de la oposición. En las economías más diversificadas, la competencia inter-capitalista transfiere las demandas de los actores económicos a la arena política, financiando a los partidos de la oposición cuando sienten que no se los escucha. Presento evidencia para apoyar el argumento y desarrollar los mecanismos de funcionamiento mediante una comparación de "casos más similares" en dos estados vecinos de Brasil: Bahía y Minas Gerais.
In Latin American democracies, many provinces and states display autocratic characteristics that are at odds with the national democratic context. The literature on subnational authoritarianism has cope with this puzzle, but the explanations rely mostly on the political and economic role of the national government.
In order to explain the emergence and resilience of autocratic subnational governments, I present a theory that looks into the internal dynamics. I argue that subnational autocracies are possible in a context of low economic diversification. Undiversified economies with a dominant economic sector create a network of interests aligned with the incumbent and reduce the support for the opposition parties. In more diversified economies the inter-capitalist competition transfers economic actors’ demands to the political arena, financing opposition parties whenever they feel they are being unheard. I find evidence to support my argument and flesh out the mechanisms at work in a “most similar case” comparison of two neighboring states in Brazil:
Bahia and Minas Gerais.
Nas democracias latino-americanas, muitas províncias e estados apresentam características autocráticas que contrastam com o contexto democrático nacional. A literatura sobre o autoritarismo subnacional lidou com esse problema, mas as explicações estão centradas principalmente no papel político e econômico do governo nacional. Para explicar o surgimento e a resiliência dos governos subnacionais autocráticos, apresento uma teoria que analisa a dinâmica interna dos países Latino-Americanos. Eu argumento que as autocracias subnacionais são possíveis em um contexto de baixa diversificação econômica. As economias não diversificadas, com um setor econômico dominante, criam uma rede de interesses alinhada com o governo vigente e reduzem o apoio aos partidos da oposição. Em economias mais diversificadas, a competição inter-capitalista transfere as demandas dos atores econômicos para a arena política, financiando partidos de oposição sempre que eles sentem que as suas demandas não estão sendo ouvidas. Eu encontei evidencias que apoiam o meu argumento e mapeiam a dinámica descrita na pesquisa no trabalho em uma comparação de "casos mais semelhantes" entre dois estados vizinhos no Brasil: Bahia e Minas Gerais.