Esta investigação une os estudos em comunicação social acerca das tecnologias digitais de informação e comunicação, com foco principalmente nas interações em mídias digitais, com pensamentos filosóficos sobre a construção do conhecimento. Aqui acessamos o paradigma da complexidade e a fenomenologia da percepção, representados respectivamente pelo pensamento de Edgar Morin e Maurice MerleauPonty, para apontar que o conhecimento é um construto do homem conforme sua experiência. É, portanto, contextual, histórico e perceptual, não o contrário, como sugere a ciência moderna em seu intuito de extrair a verdade das coisas. Tendo como base essa discussão, voltamo-nos ao Facebook, maior mídia social digital da atualidade, para vê-lo como viabilizador de intercâmbio de informações e como meio que possibilita a transcendência das limitações de espaço e de tempo em que se encontram os corpos dos participantes das interações comunicacionais. Partimos da ideia de que essa plataforma pode ser vista como uma possibilitadora de expansão das vivências do sujeito no espaço e no tempo, levando-o a pensar novas realidades, que são integradas à construção do conhecimento. Mas, paradoxalmente, as informações são organizadas e o acesso a elas é limitado pela corporação Facebook, que, além disso, provém dados sobre seus usuários para manipulação de mensagens por parte de anunciantes, o que vai balizar o conhecimento de mundo construído e limitar a liberdade do usuário.
The research links studies in social communication about digital information and communication technologies, focusing mainly on interactions in digital media, with philosophical thoughts on the construction of knowledge. Here we access the paradigm of complexity and the phenomenology of perception, represented respectively by the thoughts of Edgar Morin and Maurice Merleau-Ponty, to point out that knowledge is a construct of men according to their experiences. It is, therefore, contextual, historical and perceptual, not the opposite, as modern science suggests in its attempt to extract truth from the objects. Based on this discussion, we turn to Facebook, the largest digital social media today, to see it as an enabler of information exchange and as a means of transcending the limitations of space and time in which the bodies of the participants in communicational interactions are. We start from the idea that this platform can be seen as a facilitator to expand the experiences of the subjects in space and time, leading them to think about new realities that are then integrated into the construction of knowledge.
However, paradoxically, the information is organized and the access to it is limited by Facebook Corporation, which, in addition, provides data on its users to manipulate messages by advertisers, which will define the limits of knowledge of the world and limit the freedom of its users.