Argentina
Este trabajo procurará responder a las preguntas ¿Cómo se construye la identidad disidente en términos de género y sexualidad a lo largo del sistema educativo? ¿Cómo interpelan a los docentes, qué saberes y miradas les reclama la presencia en el aula de problemáticas y situaciones antes ocultas, ignoradas o negadas? Los procesos de formación docente ¿qué respuestas dan a estas problemáticas? ¿Cómo son interpelados por la presencia de sujetos que demandan ser escuchados y de temáticas que cada vez más exigen ser visibilizadas? A través del análisis de la historia de vida escolar de E, un estudiante universitario que se identifica como gay, nos proponemos reflexionar acerca de su proceso de construcción identitaria, a lo largo de su paso por la escuela y la universidad, en una carrera de formación docente, para reconstruir sus vivencias en las diferentes instituciones de educación formal a partir de las cuales se fue configurando su subjetividad infantil, adolescente y juvenil. Adoptamos metodológicamente un enfoque biográfico, utilizando relatos de vida. Se realizaron dos entrevistas en profundidad, de aproximadamente una hora de duración cada una; para su análisis se construyeron diferentes categorías que fueron luego desentrañadas desde marcos teóricos que permitieron enriquecer tanto las interpretaciones del entrevistado como las del investigador. Nos planteamos una aproximación desde los estudios culturales y los provenientes del campo educativo, en particular aquellos que problematizan la cuestión del género y la sexualidad en la escuela. También recurriremos al campo de estudios sobre el curriculum, focalizando en los aportes de los teóricos críticos y pos críticos.
This work will seek to answer the following questions. How is an outcast identity concerning gender and sexuality built throughout the educational system? How are teachers contronted, what knowledges and perspectives are required from them, by the presence in the classroom of problems and situations hidden, ignored or denied until then? How are these problems answered by the teachers’ education? How is the teachers’ education confronted by the presence of individuals demanding to be heard and issues requiring increasing visibility? By analysing the school life story of E, a university student who identifies himself as gay, we develop a reflection about his process of identitary construction while he went through school and university in a programme of teachers’ education, in order to reconstitute the experiences in different formal education institutions shaping his subjectivity as a child, an adolescent and a youngster. Methodologically, we adopt a biographic approach based on life stories. Two in-depth interviews were conducted, each one with the duration of about one hour. For the analysis of their contents, different categories were defined and then examined through the lense of theoretical frameworks that enrich the interpretations of the interviewee as well as those of the interviewer. We thereby propose an approximation between cultural studies and educational studies, especially those dealing with the issues of gender and sexuality at school. We also resort to the field of curriculum studies, focusing on the contributions from critical and post-critical scholars.
Este trabalho procurará responder às seguintes questões. Como se constrói a identidade dissidente em termos de género e sexualidade ao longo do sistema educativo? Como são os docentes interpelados, que saberes e olhares lhes são requeridos, pela presença em sala de aula de problemáticas e situações antes ocultas, ignoradas ou negadas? Que respostas dão os processos de formação de docentes a estas problemáticas? Como são os mesmos processos interpelados pela presença de sujeitos que exigem ser escutados e de temáticas que reclamam cada vez mais a visibilização? Através da análise da história de vida escolar de E, um estudante universitário que se identifica como gay, propomos uma reflexão acerca do seu processo de construção identitária ao longo da passagem pela escola e pela universidade, num curso de formação de docentes, para reconstituir as suas vivências em diferentes instituições de educação formal a partir das quais se foi configurando a sua subjectividade infantil, adolescente e juvenil. Metodologicamente, adoptamos uma perspectiva biográfica utilizando relatos de vida. Foram realizadas duas entrevistas em profundidade, cada uma com a duração de cerca de uma hora; para a sua análise construímos diferentes categorias, que foram de seguida examinadas a partir de quadros teóricos que permitem enriquecer tanto as interpretações do entrevistado como as do entrevistador. Situamo-nos assim num espaço de aproximação entre os estudos culturais e os estudos do campo educacional, em particular aqueles que problematizam as questões do género e da sexualidade na escola. Recorreremos também à área dos estudos sobre o currículo, com especial atenção aos contributos dos teóricos críticos e pós-críticos.