Brasil
Presentes no campo relacional da vida, materialidades incluem falas, textos escritos, corporeidade, máquinas, arquitetura, instituições, enfim, seres vivos e aparatos que entram em relação e propiciam diferentes sentidos e ordenamentos sociais. Neste trabalho, utilizando ilustrações extraídas da tese de doutorado (Menegon, 2003) e do texto de Cussins (1998) discutem-se materialidades envolvidas na prática do consentimento informado, considerando três dimensões: materialidades que marcam as trajetórias históricas dos consentimentos na saúde; materialidades que se entrelaçam nos textos de consentimento para reprodução humana assistida; materialidades engendradas nas relações do campo de reprodução assistida. Esta reflexão é feita a partir do diálogo entre a abordagem sobre práticas discursivas (Spink, 1999), a noção de materialidades utilizada por Hacking (2000) em sua discussão sobre matriz, e por autores alinhados à teoria ator rede (Actor Network Theory), entre eles John Law (1994, 1999).