La insuficiencia de servicios de cuidados estatales en relación a los desafíos que plantean las nuevas configuraciones familiares y las necesidades de ingresos de más de un integrante de la unidad doméstica para sostener el consumo mínimo familiar en sectores vulnerables, dan por resultado una sobre carga de trabajo en las mujeres de sectores populares y mayores carencias en los hogares pobres puesto que el cuidado de niños/as es un factor limitante para el desarrollo de tareas remuneradas fuera del hogar. Una parte de las políticas dirigidas a la infancia articula con organizaciones territoriales de base, devenidas en centros de cuidado infantil. Se trata de espacios asociativos, con fuertes componentes vecinales y parentales, donde las mujeres de sectores populares urbanos se organizaron para afrontar las necesidades alimentarias – en un principio – educativas y recreativas –luego- de sus propios hijos e hijas y de los hijos e hijas de sus congéneres. El trabajo se centra en el análisis de la situación y posición de este tipo particular de trabajadoras y trabajadores de cuidados en estructuras institucionales híbridas donde la lógica comunitaria, íntimamente ligada con los principios organizativos y relacionales estructurantes de la Economía Social y Solidaria, se conjuga de manera compleja con políticas dirigidas a la infancia en territorios fuertemente vulnerabilizados. La otra cuestión que se presenta en el artículo es la autopercepción que tienen las trabajadoras sobre la labor que realizan, los tipos de auto-reconocimiento que agencian y las implicancias que ha tenido en sus trayectorias personales la colectivización de una parte de los cuidados dirigidos a la infancia.
The insufficient public childcare services in relation with the challenges faced by new family structures and the need for more than one income in vulnerable families result in overcharging poor women. It also causes less incomes in poor homes since childcare is an obstacle to work outside the house. Some of childhood politics articulate with community organizations that have become childcare centers. These are collective centers with strong neighbor and family bonds where urban poor women get organized to face children needs. Firstly, these women fulfilled feeding needs and then they started to satisfy learning and recreational needs. They provide childcare services for their own children and other´s. The work focuses on the analysis of the situation of these childcare workers in these mixed institutions where the community logic is strongly connected with the principles of the Social and Solidarity Economy. This community logic also mixes with childhood politics in high vulnerable territories. The other topic presented in the article is the auto perception and appreciation that these workers have of their task. It also describes how collective childcare impacts their personal lives.
A insuficiência nos serviços de cuidados estaduais em ralação a os desafios que planteiam as novas configurações familiares e as necessidades de ingressos de mais um integrante de uma unidade domestica para assegurar o consumo mínimo familiar em setores vulneráveis, dão como resultante uma sobrecarga de trabalho nas mulheres dos setores populares e maiores carências nos lares pobres já que o cuidado das crianças é um fator limitante para o desenvolvimento das tarefas remuneradas fora do lar. Uma parte das políticas dirigidas á infância, se articula com organizações do território de base, convertidas em centros de cuidado infantil. Trata-se de espaços associativos, com fortes componentes do mesmo bairro e das relações familiares, onde as mulheres de setores populares urbanos conseguiram-se organizar para afrontar as necessidades alimentarias (no começo) educativas e recreativas (logo) dos próprios filhos e filhas é também dos filhos e filhas dos congêneres. O trabalho está centrado no estudo da situação e sobre o posicionamento de este tipo particular de trabalhadoras e trabalhadores de cuidados em estruturas institucionais hibridas aonde a lógica comunitária, intimamente em relação com os princípios organizativos e de relação estrutural da Economia Social e Solidaria, se conjuga de maneira complexa com políticas dirigidas sobre a infância em territórios fortemente vulneráveis. Outro assunto que se apresenta no articulo fala sobre auto percepção que tem as trabalhadoras em relação ao trabalho que elas mesmas desenvolvem, os tipos de auto reconhecimento que agenciam e as implicâncias que teve no caminho percorrido por elas a coletivização de uma parte dos cuidados sobre a infância.