Valeria Renata Esquivel, Francisca Pereyra
El análisis de las “ocupaciones del cuidado” ha cobrado creciente relevancia en la agenda feminista de los últimos años. Estas ocupaciones – mayormente concentradas en los sectores de la salud, la educación y el servicio doméstico – se encuentran altamente feminizadas y generan oportunidades de empleo para muchas mujeres. No obstante, las mismas presentan en general condiciones de trabajo relativamente pobres, dado que el cuidado suele asociarse a habilidades supuestamente femeninas, socialmente devaluadas en cuanto “auténtico trabajo”. A su vez, las condiciones laborales deficientes, entre ellas los magros salarios, ponen en cuestión la calidad de los servicios de cuidado provistos. El presente artículo, en base al caso argentino, propone un análisis comparativo sobre un conjunto seleccionado de estas ocupaciones, entre las que se cuentan la enfermería, la docencia inicial y primaria y las trabajadoras domésticas. Si bien estas ocupaciones comparten ciertas vulnerabilidades asociadas a su contenido de cuidado, sus condiciones laborales presentan variaciones significativas. A partir de esta situación, el objetivo central que se plantea el trabajo es el de ahondar en el conocimiento de los factores que actúan atenuando o reforzando la desvalorización social y económica de este tipo de ocupaciones. El propósito último es el de generar reflexiones sobre los aspectos susceptibles de ser abordados por la política pública en pos de mejorar la situación laboral de las y los trabajadores involucrados y, por ende, de los servicios de cuidado provistos.
A análise das “ocupações do cuidado” tem cobrado crescente relevância na agenda feminista dos últimos anos. Estas ocupações – em maior medida concentradas nos sectores da saúde, a educação e o serviço doméstico – encontram– se altamente feminizadas e geram oportunidades de emprego para muitas mulheres. Não obstante, as mesmas apresentam em geral condições de trabalho relativamente pobres, dado que o cuidado costuma associar– se a habilidades supostamente femininas, socialmente devaluadas assim que “autêntico trabalho”. A sua vez, as condições trabalhistas deficientes, entre elas os magros salários, põem em questão a qualidade dos serviços de cuidado provistos. O presente artigo, em base ao caso argentino, propõe uma análise comparativa sobre um conjunto seleccionado destas ocupações, entre as que se contam a enfermaria, a docencia inicial e primária e as trabalhadoras domésticas. Conquanto estas ocupações compartilham certas vulnerabilidades associadas a seu conteúdo de cuidado, suas condições trabalhistas apresentam variações significativas. A partir desta situação, o objectivo central que se propõe o trabalho é o de afundar no conhecimento dos factores que actuam atenuando ou reforçando a desvalorização social e económica deste tipo de ocupações. O objectivo último é o de gerar reflexões sobre os aspectos susceptíveis de ser abordados pela política pública em pos de melhorar a situação das e os trabalhadores envolvidos e portanto, dos serviços de cuidado provistos.
The analysis of care–related occupations has acquired significant relevance in the feminist agenda of the last years. These occupations – mainly concentrated in the health and education sectors as well as in domestic service –are highly feminized and generate employment opportunities for many women.
Nonetheless, they exhibit relatively poor working conditions, since care is usually associated to supposedly feminine abilities, socially undervalued as “real work”. At the same time, these poor labor conditions, especially meagre salaries, put in question the quality of care services provided. This article, based on the Argentinean case, proposes a comparative analysis of a selected group of care occupations, which include nurses, kindergarten and primary teachers, as well as domestic workers. Even when these occupations share certain vulnerabilities associated to their care content, their labor conditions present significant variations.
Based on this situation, the main objective of this paper is to deepen in the understanding of the factors that mitigate or reinforce the social and economic devaluation of care–related occupations. By doing so, the article seeks to reflect on some key aspects that could be approached by public policy in order to improve the labor situation of these workers, and thus, the quality of care services provided.