Eliana Aspiazu
La enfermería es de una de las “ocupaciones del cuidado” dentro del complejo entramado de las y los trabajadores de la salud. En este contexto, tiene la particularidad de ser la actividad con más alto nivel de feminización (85% de mujeres) y mayor carga de cuidado directo en sus tareas. Las problemáticas que afectan a las y los enfermeros en Argentina son diversas, e impactan negativamente tanto en sus condiciones laborales como en la calidad de la atención en salud. La sobrecarga laboral, el pluriempleo, las deficiencias en infraestructura e insumos y los bajos salarios de las y los enfermeros son correlato de la situación general del sector de la salud. Pero la enfermería también presenta particularidades que la colocan en una posición de mayor vulnerabilidad. El déficit en la cantidad de enfermeros/as y en los niveles de calificación, junto con la relativa situación de desventaja y desvalorización de la enfermería dentro de los equipos de salud, agregan complejidad al panorama laboral de esta ocupación. El presente artículo analiza, a partir de datos estadísticos disponibles y entrevistas en profundidad, los cambios en los últimos años en la enfermería, tanto en los roles al interior de los equipos de salud como en la visualización de la ocupación y de los significados del cuidado asociados a ella. Particularmente, en el impacto de la profesionalización de la ocupación, en los cambios socio-demográficos asociados a la mayor participación de varones y a los niveles de calificación, en el rol de los sindicatos, y en aspectos subjetivos y culturales, tales como las percepciones acerca de la ocupación y de las condiciones laborales, las motivaciones para la elección de esta profesión y la vinculación con el resto de los trabajadores de la salud.
Nursing is one of the "care occupations" within the complex framework of the health sector’s workforce.
In this context, nursing has the distinctiveness of being the activity with the highest level of feminization in the health system (85% are women). It is also the occupation that carries the heaviest burden of direct care in its tasks. The issues affecting nurses in Argentina are diverse and have a negative impact both on their working conditions and on the quality of the care provided. Work overload, multi-employment, deficient infrastructure, lack of inputs and low salaries are part of the general situation the health sector.
But nurses also present peculiarities that place them in a position of greater vulnerability. The deficit in the amount of nurses and their skill levels, together with the devaluation of their skills within health teams, add complexity to the employment outlook for this occupation. This article analyzes, based on available statistics and in-depth interviews, the changes that occurred in recent years in nursing, in terms of their role within health teams, the visualization of the occupation, and the meanings of care associated with it.
Particularly, the article analyzes the impact of professionalization in the occupation, the sociodemographic changes associated with increased participation of men, the role of trade unions, as well as subjective and cultural aspects, such as perceptions about working conditions, motivations for choosing this profession, and its linkage with other health workers.
A enfermaria é de uma das “ocupações do cuidado” dentro da complexa malha das e os trabalhadores da saúde. Neste contexto, tem a particularidade de ser a atividade com mais alto nível de feminizassem (85% de mulheres) e maior ônus de cuidado direto em suas tarefas. As problemáticas que afetam às e os enfermeiros em Argentina são diversas e impactam negativamente tanto em suas condições de trabalho como na qualidade da atenção em Saúde. A sobrecarga trabalhista, o pluriemplego, as deficiências em infra-estrutura e insumos e os baixos salários das e os enfermeiros são correlato da situação geral do sector da Saúde. Mas a enfermaria também apresenta particularidades que a colocam numa posição de maior vulnerabilidade. O déficit na quantidade de enfermeiros/as e nos níveis de qualificação; junto com a relativa situação de desvantagem e desvalorização da enfermaria dentro das equipas de Saúde agregam complexidade ao panorama trabalhista desta ocupação. O presente artigo analisa, a partir de dados estatísticos disponíveis e entrevistas em profundidade, as mudanças que teve nos últimos anos na enfermaria, tanto nos papéis ao interior das equipas de saúde como na visualização da ocupação e dos significados do cuidado associados a ela. Particularmente, no impacto da profissionalização da ocupação;
nas mudanças sócio-demográficos sócios à maior participação de varões e aos níveis de qualificação; no papel dos sindicatos; e em aspectos subjetivos e culturais, como as percepções a respeito da ocupação e das condições de trabalho, as motivações para a eleição desta profissão e a vinculação com o resto dos trabalhadores da saúde.