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Argentina
El artículo aborda la cuestión del trabajo en tres sectores orientados a la exportación de servicios en Argentina: la provisión de servicios de telemarketing (call centers), los servicios de producción audiovisual y el sector de software y servicios informáticos. En cada sector, se analizan las implicancias de las estrategias de externalización y deslocalización productiva sobre las condiciones de trabajo y las relaciones laborales durante el período de los gobiernos kirchneristas (2003-2015).
Se plantea un enfoque metodológico cualitativo y comparativo que incluye el empleo combinado de diversas técnicas de relevamiento y análisis de la información, centralmente, el análisis de fuentes documentales y entrevistas semi estructuradas. Los resultados presentados aquí también se basan en el trabajo de campo desarrollado en sendos estudios sectoriales.
En los tres sectores analizados se registran procesos de flexibilización organizativa y laboral, vinculados con las estrategias de externalización y deslocalización vigentes, que provocan inestabilidad e imprevisibilidad laboral, con intensidad variable según el caso. Asimismo, se observan procesos de formalización y de recuperación de condiciones de trabajo que se explican tomando en cuenta la orientación protectoria de la política laboral, así como las diversas respuestas que en el plano sectorial articularon los trabajadores y las organizaciones gremiales.
El análisis desarrollado constituye un aporte al estudio de las implicancias que sobre el trabajo y los trabajadores presenta la inserción en redes globales de servicios, dado cuenta de algunos de los efectos favorables y desfavorables inherentes a sus propias lógicas de funcionamiento, pero contemplando además factores derivados de las relaciones sociales más amplias que determinan las condiciones y relaciones laborales en cada sector, lugar y período particular.
O artigo aborda a questão do trabalho em três setores de serviços orientados para a exportação na Argentina: serviços de telemarketing (call centers), serviços de produção audiovisual e da indústria de software e serviços. Em cada setor, são analisadas as implicações da terceirização e das estratégias de deslocalização produtiva sobre as condições de trabalho e as relações de trabalho durante o período dos governos kirchneristas (2003-2015).
Propõe-se uma abordagem metodológica qualitativa e comparativa que inclui o uso combinado de várias técnicas de pesquisa e análise de informações, centralmente, a análise de fontes documentais e entrevistas semi-estruturadas. Os resultados aqui apresentados também são baseados no trabalho de campo desenvolvido em estudos setoriais separados.
Nos três setores analisados, são observados processos de flexibilização organizacional e laboral, ligados às estratégias atuais de terceirização e deslocalização, que causam instabilidade e imprevisibilidade no trabalho, com intensidade variável dependendo do caso. Do mesmo modo, são observados processos de formalização e recuperação de condições de trabalho, que são explicados levando em consideração a orientação protetora da política trabalhista, bem como as diversas respostas que os trabalhadores e as organizações sindicais articulavam ao nível setorial.
O estudo desenvolvido é uma contribuição para o estudo das implicações da inserção em redes globais de serviços em trabalhadores e trabalhadores, tendo em vista alguns dos efeitos favoráveis e desfavoráveis inerentes às suas próprias lógicas operacionais, mas também considerando fatores derivados das relações sociais mais amplas que determinam as condições e as relações trabalhistas em cada setor, lugar e período específicos.
The article addresses on the question of work in three sectors oriented to the export of services in Argentina: the provision telemarketing services (call centers), audiovisual production services and the software and computer services sector. In each sector, the authors analyses the implications of outsourcing and offshoring firm strategies on working conditions and labour relations, during the period of the Kirchnerist governments (2003-2015) are analyzed.
A qualitative and comparative methodological approach is proposed, which include the combined use of various techniques of registration and analysis of information, centrally, the analysis of documentary sources and semi-structured interviews. The results presented here also draws from the fieldwork carried out within separate sector studies.
In all three sectors, processes of organizational and labour flexibilization are observed, linked to the current outsourcing and relocation strategies, which cause instability and unpredictability at work, with varying intensity depending on the case. Likewise, the authors observe processes of formalization and improvement of working conditions that are explained taking into account the protective orientation of the labour policy, as well as the diverse responses that workers and trade union organizations articulated at the sectoral level.
The analysis developed is a contribution to the study of the implications off the insertion in global networks of services on labour and the workers, by exploring some of the favourable and unfavourable effects inherent to their own operating logics, but also contemplating the influences exerted by the broader social relations that determine working conditions and labour relations in each particular sector, place and time.
