Estamos vivendo na era da competitividade. Assim, cabe aos indivíduos expandirem suas capacidades cognitivas e competências para ampliarem as chances de disputar igualitariamente as oportunidades de mercado com aqueles mais bem preparados. Neste contexto, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nº 9.394/1996 ampliou o acesso ao ensino superior no Brasil, contudo, não é verdade que ele seja gratuito a todos que o buscam. O crescimento do setor da educação superior privada no Brasil trouxe consigo a questão da inadimplência estudantil, o que é uma preocupação a saúde financeira das Instituições de Ensino Superior (IES) privadas. O objetivo deste artigo é analisar os fatores que determinam a capacidade pagadora de mensalidade de estudantes numa IES privada. Por conveniência foi escolhido o curso de Administração de Empresas. Dados foram coletados de 179 estudantes de uma faculdade particular situada na Região Metropolitana de Fortaleza - Ceará. Sete variáveis foram divididas em dois grupos (acadêmicas e não acadêmicas) e analisadas como possíveis determinantes da capacidade pagadora. Os dados foram tratados com análise discriminante e regressão logística e os resultados apresentam evidências de que as variáveis acadêmicas foram as que previram a probabilidade de identificar a capacidade pagadora dos alunos. Esse resultado se soma a outros que sugerem sobre os fatores financeiros não serem os únicos a influenciarem na inadimplência estudantil. A pesquisa contribui com um modelo para análise da probabilidade de alunos serem bons pagadores, com efeito, no aperfeiçoamento de metodologias de gestão que reduzam as taxas de inadimplemento.