This communication aims to articulate the phenomenon of progress – here understood through a Benjaminian perspective that conceives it as “a storm that produces a heap of rubble”– and its relationship with the economic state of exception, taking the Brazilian Quilombola territories as an intersection point of this analysis. Recognizing that our reality is full of homines sacri, full of bare lives and that the sovereign decision is increasingly privatized by economic corporations, we chose the problems faced by traditional quilombolas communities to ponder the intended articulation, since the quilombo, as well as other traditional communities, seems to be a fertile barn to concretely analyze the institutes presented by Agamben and Benjamin, likewise to evaluate the nonsense of progress.
A comunicação que se apresenta busca articular o fenômeno do progresso –aqui compreendido a partir do olhar benjaminiano, que o vislumbra como “uma tempestade que produz um amontoado de escombros”– e sua relação com o estado de exceção econômico, tomando como ponto de entrecruzamento dessa análise os territórios quilombolas do Brasil. Reconhecendo que a nossa realidade está repleta de homines sacri, cheia de vidas nuas e que a decisão soberana está cada vez mais privatizada pelas corporações econômicas, escolhemos os problemas enfrentados pelas comunidades tradicionais quilombolas para ponderarmos a articulação que intentamos, dado que, o quilombo, assim como as demais comunidades tradicionais, nos parece ser um celeiro fértil para analisarmos concretamente os institutos apresentados por Agamben e Benjamin, bem como avaliarmos os delírios do progresso.