Brasil
A discussão engendra-se no cenário da saúde pública brasileira. Consideram-se, no processo de análise, a Política Nacional de Atenção Básica e as Diretrizes Nacionais de Vigilância em Saúde. O objetivo é problematizar o modo como é constituída a noção de caso a partir das estratégias políticas que articulam tecnologias de vigilância/assistência no território da atenção básica. Para tanto, aponta-se de que forma o território-moradia possibilita a espacialização do caso como requisito para estabilização/operacionalização da Política Nacional de Atenção Básica. A análise fundamenta-se em uma perspectiva pós-estruturalista da psicologia social. Opera-se com os conceitos de dispositivo de segurança, de Foucault, e de territorialização, de Deleuze e Guattari. Analisam-se as políticas públicas de saúde seguindo os procedimentos de seleção, leitura e análise de arquivo. Como desdobramento, focaliza-se o modo como a trajetória do cuidado questiona, mobiliza e modifica a relação entre território e acesso na atenção básica.
This discussion takes place in the scenario of Brazilian public health. The analysis has addressed the National Policy of Primary Health Care and the National Guidelines for Health Surveillance. The aim is to problematize the way in which the notion of case has been constituted from the political strategies that articulate surveillance/assistance technologies in the territory of primary health care. In order to do that, we point out the way that the dwelling-territory has enabled the case spatialization as a requirement for stabilization/operationalization of the National Policy of Primary Health Care. The analysis has been grounded on a post-structuralist perspective of social psychology by using the concepts of security device, by Foucault, and territorialization, by Deleuze and Guattari. The public health policies have been analyzed by following the procedures of file selection, reading and analysis. In addition, we have focused on the way that the health care trajectory questions, mobilizes and modifies the relation between territory and access in primary health care.