Con la tecnología de la educación apuntando así a la creciente automación de sus actividades, algunos aficionados llegan al punto de predecir la substitución de los maestros por robots. El presente artículo pretende tomar tales declaraciones como una provocación, estimulándonos a cuestionar los modos por los cuales comprendemos la educación y efectivamente educamos y, por lo tanto instigando nuestros cuestionamientos sobre lo que siempre si constituye el objeto de la educación – el humano. Para seguir esta línea de cuestionamiento, la exposición proseguirá de la siguiente manera: primeramente, buscará esbozar lo que es un “robot” y qué diferencia este de las demás maquinas, si es que algo realmente lo hace, empezando por el origen del termino, en la ficción, y haciendo uso de consideraciones sobre maquinaria y automación a partir de algunas nociones de Karl Marx. Avanzando un poco más, algunas tentativas de definir robots y maquinaria similar serán vistas, tal como utilizados por las Tecnologías de Información y Comunicación, conduciendo a una breve incursión por la Inteligencia Artificial y por el Machine Learning. Finalmente, la ultima parte recorrerá a la teoría de Hannah Arendt, en una reflexión a respecto del sentido de las esperanzas y de los esfuerzos por la automación de la educación.
With education technology pointing to an ever-increasing automation of educational activities, a few enthusiasts go so far as to predict the replacement of teachers by robots. The present paper intends to take such declarations as a provocation, encouraging us to question our understanding of educational practices. That this possibility is even considered says much about how we understand education and effectively educate, greatly instigating our inquiries about that which is ever the subject of education, i.e., the human being. To follow this line of questioning, the exposition will proceed thus: there will firstly be a rough outline of what is a “robot”, and what, if anything, distinguishes it from any other machine, beginning with the origin of the word, in fiction, and with considerations on machinery and automation relying on a few of Karl Marx’s insights. Following that, a few attempts to define real-life robots and robot-like machinery used in Information and Communication Technology will be seen, leading to a brief foray on Artificial Intelligence and Machine Learning. Finally, the last part will have recourse to Hannah Arendt’s theory of action in an effort to reflect on the meaning of the hopes for and attempts at an automated education.
Com a tecnologia da educação apontando para a crescente automação das atividades educativas, alguns entusiastas chegam ao ponto de prever a substituição dos professores por robôs. O presente artigo pretende tomar tais declarações como uma provocação, encorajando-nos a questionar a maneira como compreendemos a educação e como efetivamente educamos, instigando assim nossas investigações acerca daquilo que constitui sempre o objeto da educação – o humano. Para seguir esta linha de questionamento, a exposição prosseguirá da seguinte forma: primeiramente, procurará esboçar o que é um “robô” e o que o distinguiria das demais máquinas, se é que algo o faz, começando pela origem do termo, na ficção, e fazendo uso de considerações sobre maquinaria e automação a partir de algumas noções de Karl Marx. Seguindo-se a isto, serão vistas algumas tentativas de se definir na vida real robôs e maquinaria semelhante, tal como usados pelas Tecnologias de Informação e Comunicação, conduzindo-nos a uma breve incursão pela Inteligência Artificial e pelo Machine Learning. Finalmente, a última parte recorrerá à teoria da ação de Hannah Arendt, num esforço para refletir a respeito do sentido das esperanças e tentativas de automação da educação.