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Jorge Urdapilleta Carrasco, Fernando Limón Aguirre
Con base en el planteamiento fenomenológico de Larrosa sobre el valor de la experiencia como fuente de conocimiento, y a partir de las ideas de Antonio Gramsci, Paulo Freire y Orlando Fals Borda, se presenta una propuesta sistematizada que pretende contribuir al trabajo de quienes desean emprender procesos de Investigación Acción Participativa (iap). En este sentido, quienes aspiren realizar investigaciones con la iapdeberían asumir las implicaciones de una ciencia socialmente comprometida, así como acceder a un referente más acerca de la importancia que tiene la experiencia como un medio para el autoconocimiento y la transformación, tanto personal como colectiva. Esas transformaciones parten del reconocimiento de quienes hacen investigación como sujetos vulnerables, sensibles y abiertos. Así mismo, están cimentadas en el establecimiento de relaciones afectivas en las que lo vivencial sustenta el compromiso de la iap como opción sociológica. Se propone la toma de conciencia sobre la manera en que la posición de los investigadores está influida por los paradigmas de la racionalidad instrumental misma que, desde la cuantificación, pretende establecer la validez de los conocimientos. Frente a esto, se abre la opción de otra racionalidad, una de carácter relacional que plantea elbuen vivir y que nos invita a comprender la existencia desde la experiencia históricocolectiva. La aspiración es cultivar una actitud de apertura y atención afectiva y espiritualcon respecto a los acontecimientos, y establecer relaciones de reciprocidad. Para desarrollar esta última actitud, conviene asumir posiciones de cocreación, mediación, servicio, confraternización y reconciliación, que se deben trabajar constantemente dentro de diferentes espacios cotidianos, sagrados e íntimos, para generar relaciones de mayorconfianza, apertura y disposición de parte de los colectivos. La finalidad debe ser rebasar la mera búsqueda de obtener datos o el cumplimiento de indicadores, al contrario, se tratade experimentar el ámbito emotivo e incluso espiritual de nuestro quehacer, dadas las resonancias producidas durante la convivencia.
Based on Larrosa’s phenomenological treatment on the value of experience as a source of knowledge as well as the ideas of Antonio Gramsci, Paulo Freire and Orlando Fals Borda, the article presents a systematized proposal for those carrying out Participatory Action Research (par). In this sense, those carrying out par must assume the implications of a socially committed science and the importance of experience as a means of both personal and collective self-knowledge and transformation. In the first place, these transformations spur from the acknolwegment of researchers as vulnerable, sensitive and sensible subjects. In the second place, they are based on the establishment of affective relationships in which the experience sustains the commitment of par as a sociologicaloption. The article proposes that those choosing this option be aware of how their position is influenced by paradigms of instrumental rationality which employ quantificationaims to validate knowledge. Faced with this, another option of relational rationality arises, proposing good living and inviting us to understand existence from the historical-collectiveexperience. This aims to cultivate an attitude of openness and affective and spiritual attention with respect to events and establish reciprocal relationships. To develop thisattitude, we must assume positions of co-creation, mediation, service, co-fraternization and reconciliation, constantly working within different daily spaces, sacred and intimate, to generate greater confidence, openness and availability on behalf of the collectives. The aim must be more than collecting data or complying with indicators; it must be to experiencethe emotive and even spiritual scope of our task, given the resonance produced during the coexistence.
Com base na proposição fenomenológica de Larrosa sobre o valor da experiência como fonte de conhecimento e a partir das ideias de Antonio Gramsci, Paulo Freire e Orlando Fals Borda, apresenta-se uma proposta sistematizada que pretende contribuir para o trabalho dos que querem empreender processos de Pesquisa-Ação Participativa (pap). Nesse sentido, quem aspira a realizar pesquisas com a pap deveria assumir as consequências de uma ciência socialmente comprometida bem como ter acesso a um referente mais próximo da importância que a experiência tem como um meio para o autoconhecimentoe a transformação, tanto pessoal quanto coletiva. Primeiramente, essas transformações partem do reconhecimento de quem faz pesquisa como sujeito vulnerável, sensível e aberto. Em segundo lugar, estão cimentadas no estabelecimento de relações afetivas nas quais o vivencial sustenta o compromisso da pap como opção sociológica. Propõe-se que quem se soma a essa opção se conscientize sobre a maneira em que sua posição está influenciada pelos paradigmas da racionalidade instrumental, que, desde a quantificação, pretende estabelecer a validade dos conhecimentos. Diante disso, abre-se a opção daoutra racionalidade relacional, que propõe o bem viver e que nos convida a compreender a existência sob a experiência histórico-coletiva. A aspiração é cultivar uma atitude deabertura e atenção afetiva e espiritual a respeito dos acontecimentos, e estabelecer relações de reciprocidade. Para desenvolver esta última atitude, convém assumir posicionamentosde cocriação, mediação, serviço, confraternização e reconciliação, que devem sertrabalhados constantemente dentro de diferentes espaços cotidianos, sagrados e íntimos,para gerar relações de maior confiança, abertura e disposição de parte dos coletivos. Afinalidade deve ir além da mera busca de obter dados ou do cumprimento de indicadores;ao contrário, trata-se de experimentar o contexto emotivo e, inclusive, espiritual do nossofazer, tendo em vista as ressonâncias produzidas durante a convivência.
