Acceso usuarios
Margarita Zires Roldán
El 25 de agosto de 2011 se produjeron múltiples rumores en el Puerto de Veracruz que versaban sobre ataques a escuelas y secuestros de niños de parte del crimen organizado. Dichos rumores circularon por las redes sociales tradicionales (familiares, vecinales, entre otras), así como por las redes sociales virtuales como Twitter y Facebook ocasionando un pánico colectivo que paralizó a la ciudad. Dos tuiteros fueron encarcelados como “ciberterroristas”, lo cual suscitó, a su vez, una movilización política inédita que llevó a su liberación 27 días después. En este texto se presentan los resultados de una investigación sobre los diferentes rumores que se generaron ese día en Twitter, en una comunidad virtual articulada al hashtag #Verfollow. El corpus constó de alrededor de 28 cuentas de tuiteros y un archivo de 22 horas de ese espacio virtual. Dicho corpus brindó un acceso a esa conversación tuitera, anónima entre sujetos pertenecientes a diferentes grupos sociales y contextos culturales de Veracruz. Es de interés mostrar la relación, por un lado, entre estos rumores con los múltiples modos de interpretar la violencia y censura informativa que se está viviendo en Veracruz, así como con los miedos de sus ciudadanos, y, por otro, la vinculación entre los rumores y los discursos que los preceden que los hacen verosímiles o inverosímiles. Este estudio permitió asimismo iluminar 2 regímenes de verosimilitud contrastantes y en tensión: por un lado, el de la producción narrativa oral, anónima que se basa en el "se dice", en la voz colectiva, y, por otro, un régimen de verosimilitud ligado al periodismo que trata de despegarse del primero y apela a la objetividad por lo cual reclama fotos, videos y registros detallados de lo ocurrido.
On August 25, 2011 there were many rumors in the port of Veracruz which dealt with attacks on schools and abductions of children by organized crime. These rumors circulated by traditional social networks (family, neighborhood, etc.), as well as virtual social networks like Twitter and Facebook causing a collective panic that paralyzed the city. Two twitters were imprisoned as "cyber-terrorists", which gave rise, in turn, to an unprecedented political mobilization that led to their release 27 days later. In this paper are presented the results of a research about the different rumors that were generated that day on Twitter, in a virtual community articulated through the hashtag #Verfollow. The corpus consisted of about 28 twitter accounts and an archive of 22 hours of that virtual space. Such corpus provided access to that anonymous conversation between individuals belonging to different social groups and cultural contexts of Veracruz. It is important to show the relationship, on the one hand, between these rumors with the multiple ways people are interpreting the violence and information censorship that they are suffering in Veracruz, as well as with their fears, and on the other, the link between rumors and the discourses that precede them and make them plausible or implausible. This study also allowed to discover 2 contrasting and in tension regimes of verisimilitude: on the one hand, the oral, anonymous narrative production that is based on "it is said" in the collective voice, and, secondly, a regime of verisimilitude linked to journalism that tries to peel off the first and appeals to objectivity, therefore calls for photos, videos and detailed records of what happened.
Em 25 de agosto de 2011 existiam muitos rumores no porto de Veracruz, que lidou com ataques a escolas e rapto de crianças pelo crime organizado. Esses rumores circularam redes tradicionais sociais (família, bairro, etc.), bem como redes sociais virtuais como Twitter e Facebook, causando um pânico coletivo que paralisou a cidade. Dois tweeters foram presos como "cyber-terroristas", que deram origem, por sua vez, uma mobilização política sem precedentes que levou à sua libertação 27 dias mais tarde. Neste trabalho, os resultados de uma investigação sobre os vários rumores que foram gerados naquele dia no Twitter, em uma comunidade virtual articulou a hashtag #Verfollow são apresentados.
O corpus consistiu de cerca de 28 tweeters contas e um arquivo de 22 horas de que o espaço virtual. Corpus que forneceu acesso aos twitteiros, conversa anônima entre os indivíduos pertencentes a diferentes grupos sociais e contextos culturais de Veracruz. É de interesse para mostrar a relação por um lado, entre esses rumores com várias formas de interpretar a violência e censura notícia de que está vivendo em Veracruz, assim como os temores de seus cidadãos, e em segundo lugar, a ligação entre rumores e discursos que os que os tornam plausível ou implausível precedem. Este estudo também permitiu que a luz 2 esquemas de verossimilhança e tensão contrastantes: por um lado, a produção narrativa anônima oral que é baseado em "ele diz," a voz coletiva, e, por outro, um sistema de verossimilhança ligada ao jornalismo que tenta descolar o primeiro e apela à objetividade e, portanto, garante fotos, vídeos e registros detalhados do que aconteceu.
